Comida do futuro é o termo utilizado para alimentos que prometem ajudar a indústria a enfrentar desafios como crescimento populacional, mudanças climáticas, entre outros. Leia e conheça os principais alimentos do futuro.

“Comida do futuro” é um conceito que vem ganhando cada vez mais destaque à medida que enfrentamos desafios como mudanças climáticas, aquecimento global, desigualdade e a necessidade urgente de sustentabilidade na produção de alimentos.

Esse termo engloba uma série de inovações alimentares que prometem transformar a maneira como nos alimentamos e como os alimentos são produzidos. Entre as principais tendências estão os alimentos plant-based, que são alternativas vegetais à carne, e a carne cultivada, que é produzida a partir de células animais sem a necessidade de abate.

Com as mudanças climáticas afetando diretamente a agricultura, há uma necessidade crescente de buscar soluções mais sustentáveis. A produção de alimentos representa uma parte significativa das emissões de gases de efeito estufa, contribuindo para o aquecimento global.

A seguir, continue a leitura e entenda tudo o que precisa saber sobre o futuro dos alimentos.

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Quais são os alimentos do futuro?

À medida que a população mundial cresce e os desafios ambientais aumentam, a busca por alimentos mais sustentáveis e nutritivos se torna essencial. Os “alimentos do futuro” representam essa nova era de inovação na indústria alimentícia, focando em reduzir o impacto ambiental, melhorar a nutrição e garantir a segurança alimentar para todos.

Esses alimentos são resultado de anos de pesquisa e desenvolvimento, buscando alternativas que não apenas sejam benéficas para a saúde humana, mas que também ajudem a preservar nosso planeta. 

A seguir, veja porque alimentos plant-based, carne cultivada, banana falsa, feijão, algas marinhas, pandano e cogumelos são considerados “comidas do futuro”.

Alimentos plant-based

Os alimentos plant-based, como o próprio nome sugere, são feitos inteiramente de ingredientes vegetais, imitando o sabor e a textura da carne. Eles são considerados alimentos do futuro porque oferecem uma alternativa sustentável à carne tradicional, que tem um alto custo ambiental devido às emissões de gases de efeito estufa e ao uso intensivo de água e terra. 

A popularidade desses alimentos vem crescendo rapidamente, com grandes avanços na tecnologia alimentar que permitem criar produtos cada vez mais semelhantes à carne.

Marcas como Impossible Foods e Beyond Meat estão na vanguarda desse movimento, desenvolvendo hambúrgueres, salsichas e até frango à base de plantas.

Carne cultivada

A carne cultivada é produzida a partir de células animais cultivadas em laboratório, sem a necessidade do abate. Este método reduz significativamente o impacto ambiental da produção, diminuindo as emissões de gases de efeito estufa, o uso de água e a ocupação de terras.

A carne cultivada também pode ser ajustada para ser mais saudável, com menos gordura e mais nutrientes. Embora ainda enfrente desafios regulatórios e de aceitação do consumidor, esse alimento tem o potencial de revolucionar a indústria alimentícia.

A Aleph Farms, reconhecida mundialmente pela produção de carne cultivada, já vende esse tipo de carne em Israel, desde janeiro de 2024.

Com alta tecnologia em engenharia genética, a empresa solicitou autorização em outros países, como Singapura, Suíça, Estados Unidos, Reino Unido e até Brasil.

No Summit Future of Nutrition de 2024, o CEO da Aleph Farms, Didier Toubia, será palestrante no painel “Plant-Based & Proteínas Alternativas: Conheça as Tendências e Inovações que Atendem à Expectativa do Consumidor Global”, junto a Germano Glufke Reis, professor, doutor e pesquisador da UFPR.

A palestra acontece no dia 6 de agosto, às 11 horas da manhã.

Banana falsa

Já a banana falsa é uma planta originária da Etiópia que se parece com a bananeira, mas cujo fruto não é comestível. Em vez disso, o caule e as raízes são utilizados para produzir um tipo de farinha rica em carboidratos.

Considerada uma comida do futuro devido à sua resistência a secas e sua alta produtividade, a banana falsa pode ser uma solução para a segurança alimentar em regiões vulneráveis às mudanças climáticas. Esse cultivo oferece uma alternativa nutritiva e versátil, podendo ser utilizado para fazer pães, mingaus e outros alimentos básicos.

Feijão

Rico em proteínas, fibras, vitaminas e minerais, o feijão é uma excelente alternativa às proteínas animais. Sua produção tem um impacto ambiental relativamente baixo, tornando-o um alimento sustentável e acessível.

Com a crescente demanda por fontes de proteína mais sustentáveis, o feijão se destaca como um componente-chave nas dietas do futuro. Projetos de melhoramento genético e novas técnicas de cultivo estão sendo desenvolvidos para aumentar a produtividade e a resistência a pragas e doenças.

diferentes tipos de feijão vistos de cima

Algas marinhas

As algas marinhas são ricas em nutrientes como proteínas, vitaminas, minerais e ácidos graxos ômega-3. Elas crescem rapidamente e não requerem terra arável ou água doce, tornando-as uma das opções mais sustentáveis para a alimentação humana. 

A produção também ajuda a combater a mudança climática, pois elas absorvem dióxido de carbono e produzem oxigênio. Além disso, as algas podem ser usadas como ingredientes em uma variedade de produtos alimentícios, desde saladas até suplementos.

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Pandano

O pandano é uma planta tropical cujas folhas são amplamente utilizadas na culinária asiática para adicionar sabor e aroma aos pratos. Além de seu uso culinário, tem propriedades nutricionais significativas, sendo uma boa fonte de fibras, antioxidantes e várias vitaminas.

Sua versatilidade e resistência a condições adversas o tornam um candidato promissor para a alimentação futura. Produtos derivados de pandano, como sucos e farinhas, estão ganhando popularidade devido aos seus benefícios para a saúde.

Cogumelos

Os cogumelos são fungos altamente nutritivos e versáteis, ricos em proteínas, fibras, vitaminas e minerais. Eles podem ser cultivados em uma variedade de substratos, incluindo resíduos agrícolas, tornando-os uma opção sustentável para a produção de alimentos.

Esses alimentos estão se tornando cada vez mais populares como substitutos da carne devido à sua textura e sabor umami. Eles podem ser usados em uma ampla gama de pratos, desde hambúrgueres até pratos gourmet, oferecendo uma alternativa deliciosa e sustentável às proteínas animais.

Além disso, os cogumelos têm um ciclo de crescimento rápido e podem ser cultivados em espaços pequenos, o que os torna ideais para produção urbana e periurbana.

Para saber mais sobre o assunto, participe da palestra “Micélio em Destaque: O Futuro dos Alimentos com a Tecnologia MUSH BASED Brasileira”, no Summit Future of Nutrition 2024.

A apresentação do case será feita no dia dia 7 de agosto, às 10 da manhã, por Paulo Ibri, fundador e CEO da Typcal, primeira foodtech da América Latina a desenvolver um ingrediente de micélio seguindo conceitos da economia circular.

Como a indústria pode se adaptar às demandas alimentares?

A indústria enfrenta o desafio de se adaptar às crescentes demandas por sustentabilidade e nutrição. 

Além disso, o crescimento da população mundial é um dos grandes desafios que a indústria alimentícia enfrentará nas próximas décadas. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em 2050, o mundo deverá atingir 10 bilhões de habitantes.

Para alimentar todas essas pessoas, será necessário aumentar a produção de comida entre 50% e 70%. No entanto, os especialistas alertam que não há terras agrícolas suficientes para atender a essa demanda de forma convencional.

Esse cenário exige uma transformação profunda na indústria. Nesse sentido, a FAO propõe uma série de recomendações para ajudar as empresas a se adaptarem às novas necessidades dos consumidores.

cientista em laboratório lendo informações num tablet

1. Investir em práticas agrícolas sustentáveis

A agricultura sustentável é essencial para reduzir o impacto ambiental da produção de alimentos. Isso inclui o uso de técnicas como rotação de culturas, agroflorestamento e agricultura de conservação, que ajudam a manter a saúde do solo e a biodiversidade.

Essas práticas não só preservam o meio ambiente, mas também aumentam a resiliência das colheitas a mudanças climáticas e pragas.

2. Promover a diversificação das fontes de alimentos

A diversificação das fontes de alimentos significa investir em uma variedade maior de culturas e fontes de proteínas, como leguminosas, frutas, vegetais e produtos aquáticos. Isso ajuda a reduzir a dependência de monoculturas, tornando o sistema alimentar mais resiliente a choques ambientais e econômicos.

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3. Fortalecer os sistemas de produção locais e regionais

O fortalecimento dos sistemas de produção, tanto locais, quanto regionais, pode reduzir a dependência de importações e aumentar a segurança alimentar. 

Isso inclui apoiar os agricultores locais, desenvolver mercados regionais e melhorar a infraestrutura para facilitar a distribuição de alimentos. 

Sistemas locais fortes também podem reduzir a pegada de carbono associada ao transporte de alimentos.

4. Incentivar a inovação e o uso de tecnologias

A inovação é um componente-chave para atender às demandas alimentares futuras. Tecnologias como impressoras 3D podem criar alimentos personalizados e nutritivos, enquanto a Internet das Coisas (IoT) permite uma gestão mais eficiente das fazendas.

Além disso, a inteligência artificial (IA) pode otimizar a produção e reduzir desperdícios, e a biotecnologia pode desenvolver culturas mais resistentes e nutritivas.

5. Garantir o acesso equitativo para pequenos agricultores

Os pequenos agricultores desempenham um papel vital na produção de alimentos, mas muitas vezes enfrentam desafios significativos. Garantir que esses agricultores tenham acesso a recursos, financiamento e mercados é crucial para a sustentabilidade do sistema alimentar. Além disso, programas de apoio e políticas inclusivas podem ajudar a empoderar esses produtores e aumentar sua produtividade.

6. Promover políticas contra desigualdade alimentar

As desigualdades alimentares são um grande obstáculo para a segurança alimentar global. A partir disso, promover políticas que garantam acesso equitativo a alimentos nutritivos para todas as populações é essencial. Isso inclui subsídios para alimentos saudáveis, programas de alimentação escolar e iniciativas para reduzir o desperdício de alimentos.

7. Colaborar em níveis nacional e internacional em prol da Sustentabilidade

Por último, mas não menos importante, como sugere a FAO, a colaboração entre países e organizações é fundamental para enfrentar os desafios alimentares globais.

Iniciativas conjuntas podem compartilhar conhecimento, recursos e tecnologias, promovendo práticas agrícolas sustentáveis e inovadoras em todo o mundo. Essa cooperação internacional pode ajudar a criar um sistema alimentar mais justo e resiliente.

Adotar essas recomendações da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura pode transformar a indústria de alimentos e bebidas, garantindo um futuro mais sustentável e equitativo.

Ao investir em práticas agrícolas sustentáveis, diversificar fontes de alimentos e incentivar a inovação, a indústria pode atender às demandas alimentares crescentes e proteger nosso planeta para as futuras gerações.

Não perca a oportunidade de se atualizar sobre as mais recentes inovações e tendências na indústria de alimentos e bebidas! Participe do Summit Future of Nutrition e junte-se a especialistas e líderes do setor para discutir o futuro da nutrição e descobrir como sua empresa pode se adaptar às novas demandas alimentares.

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