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Q&A FiSA aborda a jornada do marketing digital para as empresas alimentícias

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A digitalização do marketing é um processo que compreende toda uma jornada, que vai desde a compreensão do produto até seu destino final.

Conhecer o consumidor, seus hábitos, gostos, medos e desejos, é cada vez mais importante para o concorrido setor de alimentos. Cabe às empresas adotarem estratégias para serem mais assertivas na oferta de produtos e na comunicação com o mercado.

Neste contexto, o marketing digital adquire cada vez mais relevância. Mas há uma necessidade crescente em entender que essa estratégia é muito mais que a divulgação de um serviço ou um produto.

Hoje, a digitalização do marketing é um processo que compreende toda uma jornada, que vai desde a compreensão do produto até seu destino final, com uma comunicação mais acertada com o público. Para isso, os dados são fundamentais em qualquer ação de marketing.

São muitas as tecnologias e facilidades que permitem uma melhor compreensão destes dados, permitindo usá-los de uma forma mais estratégica, em um cenário cada dia mais dinâmico, onde o cliente é altamente informado.

Assim, cabe às empresas entenderem o que o cliente deseja, e oferecer da melhor forma um produto ou serviço que o deixe feliz e pronto para gerar relacionamento.

Com base nisso tudo, a Food Ingredients South America convidou especialistas para responderem algumas questões da audiência. Participaram deste Q&A FiSA:

  •  João Flávio Muçouçah Galoppi: Head de Marketing no Brasil da rede de restaurantes Fogo de Chão;
  •  Maisa Tapajós: Nutricionista, Advogada e Sócia-Fundadora da Regularium Consultoria;
  •  Vicente Ramos: Redator publicitário e conteudista;
  •  Sheila Piestun: Media & Marketing Coordinator na Informa Markets Brazil.

Entenda a demanda do consumidor e elabore estratégias a partir disso

Em pleno século XXI, o “digital” está tomando as rédeas do marketing. Todo mundo dispõe de ferramentas para criar conteúdo: pessoas, empresas ou indústrias. Porém, o que ainda continua definindo as ações são os desejos das pessoas.

Para João Galoppi, cabe ao marketing digital segmentar as pessoas, a ponto de ajudar a entender o que cada grupo deseja. “O marketing digital é fundamental para ‘ler e entender’ o que está acontecendo com nossos consumidores e a partir disso ajustar as melhores estratégias”, analisa o head de marketing do Fogo de Chão.

Ainda na mesma abordagem, Maisa Tapajós ressaltou que o marketing digital permite a conquista de uma série de vantagens por parte da empresa. Segundo ela, através do Marketing Digital, é possível:

  • Conquistar uma visibilidade muito maior;
  • Estabelecer um relacionamento com os clientes;
  • Ganhar autoridade no mercado;
  • Incrementar as vendas do produto ou serviço;
  • Fazer com que os próprios clientes sejam embaixadores da marca, mesmo que de forma indireta.

Porém, a sócia-fundadora da Regularium Consultoria faz uma ressalva: “A empresa deve transmitir ao consumidor exatamente o que o produto é, com as informações verídicas sobre ele e o que ele pode agregar no dia a dia das pessoas”.

Assim, é função de toda empresa saber quem é o seu consumidor/público, entender o que ele deseja e, a partir dessa personalização, adotar a melhor estratégia para alcançá-lo e idealizá-lo.

Seja uma autoridade no seu ramo de atuação

A internet é um “mar” de informação e conteúdo. Todo dia, o consumidor é alcançado por inúmeras informações, propagandas, banners, conteúdos e demais estratégias. Diante disso tudo, chamar a atenção é um grande desafio.

Para Sheila Piestun, da Informa Markets Brazil, a melhor forma de se destacar diante deste mar de informações é buscar a autoridade dentro do mercado. “Nada acontece de uma hora para outra. A empresa precisa desenvolver sua autoridade ao longo dos anos. Ter paciência deve ser um dom do profissional de marketing”, recomenda.

Para isso, seguir alguns passos é fundamental:

  • Tenha um propósito para a sua marca, saiba onde você quer chegar;
  • Conheça bem a sua persona e conecte-se com ela;
  • Produza conteúdos de qualidade a fim de solucionar as “dores” de seus clientes;
  • Gere mais tráfego e engajamento com o cliente;
  • Mantenha o diálogo com o seu público-alvo conforme a linguagem de cada um;
  • Invista em marketing de conteúdo, seja original e produza seus próprios conteúdos;
  • Tenha paciência; e
  • Tenha os dados ao seu lado e saiba o que fazer com eles.

Neste contexto, Vicente Ramos ressalta que o marketing de conteúdo gera infinitas possibilidades, mas saber do que está falando é fundamental para a empresa. “A empresa deve ter a criatividade na dosagem certa para criar conteúdos que gerem engajamento. Atualmente, temos à disposição infinitas possibilidades para captar dados e melhorar este relacionamento. Entender a que melhor se enquadra é essencial.”

Para o marketing digital, os dados são commodities! Mas o que fazer com eles?

Muito utilizadas para formar preços no ambiente do agronegócio e da mineração, as commodities são matérias-primas produzidas em larga escala e que podem ser estocadas sem perder a qualidade.

Para o ambiente do marketing digital, as commodities são os dados captados. Hoje, qualquer empresa consegue coletar ou até comprar dados com tendências de mercado e afins.

No entanto, para João Galoppi a grande dificuldade das empresas é saber o que fazer com estes dados. “Muitas empresas ainda não estão preparadas para o marketing digital ou não tem expertise para tal e não sabem quais decisões tomar com base nos dados”, opina.

O head de marketing da Fogo de Chão explica também que o consumidor sempre fala quais são seus desejos. “Temos que ajustar a nossa capacidade de ouvir esse consumidor e oferecer a solução a ele. Não estamos inovando, apenas estamos atendendo a demanda do cliente”, complementa.

No final das contas, é função do marketing digital dar o respaldo necessário para que o negócio, independentemente do seu tamanho, consiga proporcionar a melhor experiência ao consumidor.

Regras para adotar marketing digital na área de alimentos

Assim como qualquer outro setor, a adoção do marketing digital por parte das empresas deve ocorrer baseada em algumas regras, afinal, essa estratégia é adotada para que o consumidor compre um produto ou utilize um serviço, indicando uma relação de consumo.

Exatamente por isso, a estratégia de marketing digital de uma empresa deve ser idealizada com base no código de defesa do consumidor e todas as regras nele presentes.

Especificamente para a área de alimentos e bebidas, Maisa Tapajós ressalta que o negócio deve observar algumas regras presentes no decreto-lei 986/1969.

“Esse decreto-lei é a constituição brasileira de alimentos e em alguns artigos há toda a especificação da rotulagem, que incluem as propagandas de alimentos em qualquer veículo de divulgação”, explica a advogada e sócia-fundadora da Regularium Consultoria.

Há também a norma de rotulagem de alimentos embalados, de 2002, que traz um maior detalhamento da regra geral prevista no decreto-lei. Ficar atento a isso é fundamental também para os responsáveis pelo marketing digital de uma empresa.

“Cabe a nós seguir à risca todos estes artigos. Caso contrário, o marketing pode ter efeito contrário, como recentemente presenciamos com uma grande marca que anunciou um hambúrguer de picanha e, na verdade, não tinha picanha na formulação”, diz Maisa.

B2C e B2B: Cada segmento de mercado exige estratégias diferentes

Se você atua no ramo de marketing digital, certamente já se deparou com as siglas B2C (Business to Consumer) e B2B (Business to Business). Mas, uma dúvida que surgiu para o público do Q&A faz referência às estratégias a serem adotadas para cada um destes clientes.

Basicamente, o B2C é caracterizado pelas empresas que vendem produtos ou prestam serviços para o consumidor final, ou seja, as pessoas físicas. Neste caso, é função do marketing digital unir em uma mesma abordagem aquelas pessoas com gostos e desejos semelhantes, fazendo com que o consumidor conheça a marca e sinta a necessidade de comprar o produto ou serviço.

Já no caso do B2B, as empresas vendem produtos ou prestam serviços para outras empresas, ou seja, pessoas jurídicas. As estratégias de marketing digital dentro do modelo B2B devem trabalhar para que a marca esteja sempre presente na vida deste tipo de público-alvo e assim manter um fluxo constante de vendas.

Mas, para que estas estratégias realmente deem resultados, Sheila Piestun diz que é preciso muito planejamento. “Precisamos entender quem é a nossa persona e seus interesses. Depois, devemos partir para a definição de nossas metas, onde queremos chegar?, pergunta Sheila.

A Media & Marketing coordinator na Informa Markets Brazil complementa: “Com metas definidas, chega a hora em que a empresa deve investir em redes sociais e atualizar seu site, se necessário. Por fim, toda empresa deve mensurar seus resultados e promover melhorias a partir deles”.

Em resumo, o marketing digital destinado às empresas de alimentação pode ser representado por apenas três termos: planejamento, gestão de dados e muita organização. Invista nisso e veja suas estratégias de marketing digital darem bons resultados.

Para saber mais, acesse o vídeo deste Q&A completo e o White Paper sobre Marketing Digital disponíveis no FiSA BrainBOX, um espaço exclusivo para profissionais que atuam em P&DMarketing e Regulatório. Acesse aqui e conheça todas as vantagens de fazer parte desta comunidade.

Este e outros temas relevantes para a indústria alimentícia estão no Q&A mensal. O tema de julho é "Plant Based - Crescimento de demanda e Perfil de Consumo". Inscreva-se na Jornada Fi South America e tenha acesso à Plataforma FiSA Xperience.

 

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