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Indústria 4.0 alavanca a produtividade de sorvetes

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Eficiência, alavancagem e produtividade para a indústria de sorvete.png
Com investimento em tecnologia, indústria de sorvetes alavanca produção, aquecendo o mercado e gerando expressivos lucros.

A Indústria 4.0 já é realidade no setor de sorvetes. Quando bem aplicada, ela gera grandes transformações. Em um cenário cada dia mais tecnológico, a fabricação de sorvetes traz novidades que beneficiam o consumidor e geram um importante ganho de eficiência da indústria. Consequentemente, os players investem cada vez mais na modernização das fábricas, aquecendo o mercado e gerando expressivos lucros. 

Da impressão 3D à Internet das Coisas (IoT), a tecnologia 4.0 se faz presente em todas as etapas dessa indústria, com muitas inovações capazes de elevar a eficiência, a alavancagem e a produtividade. Além de oferecer um serviço diferenciado aos clientes, as novas técnicas de produção geram muito mais lucro para as empresas.

O tema foi debatido no Inova Sorvetes, que abriu a Jornada Fispal Food Service e Fispal Sorvetes 2022. Neste contexto, José Carlos Berlanga Guerrero, sales manager da Teknoice, ressaltou duas das tecnologias mais recorrentes de Indústria 4.0 na fabricação de sorvetes:

  • Incorporação da robótica avançada;
  • Sistemas de conexão de máquina a máquina, via Internet das Coisas (IoT), e um amplo volume de sensores.

“As máquinas precisam, cada vez mais, conversar entre si. Se isso não ocorre, não há sincronismo. Por isso, sensores e softwares precisam estar muito bem ajustados e isso é possível na era 4.0”, salientou Guerrero.

Com essas tecnologias bem ajustadas, a indústria do sorvete terá muito mais economia de mão de obra, padronização, controle de qualidade e demais funcionalidades que valem o investimento.

No entanto, o Sales Manager da Teknoice disse que a indústria brasileira ainda apresenta deficiência neste contexto. “Ainda temos muito a crescer. Infelizmente, o industrial do sorvete investe muito na venda e pouco na produção. E isso precisa mudar.”

Desafios da indústria do sorvete para entrar na era 4.0

No Brasil, a indústria de sorvetes é um dos setores que mais sofre com os efeitos da sazonalidade climática. No verão, a produção ocorre a todo vapor, com as máquinas trabalhando ao máximo da sua capacidade para atender a alta demanda. Mas no inverno, a demanda cai e a produção naturalmente é reduzida. 

Exatamente por isso, implantar a indústria 4.0 e a automação de processos é, para Flori Vasconcelos, da Paviloche Sorvetes, um grande desafio. “Produzimos muito bem em 6 meses, mas depois há uma ociosidade de processos. Então, investir pesado em tecnologia e não ter uma produção contínua é um grande desafio.”

Assim, cabe à indústria do sorvete encontrar soluções para ajustar a capacidade produtiva versus demanda produtiva e o fino ajuste de máquinas pode ajudar neste contexto.

Outro obstáculo citado por Vasconcelos é a profissionalização do setor. “Já temos computação aplicada e partes da produção já automatizadas. Mas ainda não temos uma leitura de todas as linhas, que mandam informações em tempo real para melhores tomadas de decisão, e melhorar isso é um grande desafio”. Ele explicou que, quanto maior é a tecnologia, maior deve ser a capacidade do colaborador para operar a fábrica, e a gestão de pessoas ainda é uma questão que o setor precisa resolver.

Assim, ao investir em uma máquina mais moderna, a indústria deve investir também na capacitação e treinamento do colaborador em todos seus aspectos, desde o treinamento operacional até a valorização de pessoas.

Principais benefícios da indústria 4.0 para a indústria de sorvetes

Mesmo diante dos desafios, a indústria de sorvetes caminha para a implantação de tecnologias e processos 4.0, que trazem benefícios bastante significativos. 

Na opinião de José Carlos Berlanga Guerrero, o grande ganho da implantação da indústria 4.0 é a padronização. Alguns insumos variam muito de acordo com o tempo ou fatores externos, como, por exemplo, o chocolate. “Imagine um picolé de chocolate. Dependendo da temperatura ou do tempo, a 'capa' de chocolate será diferente. Mas, ao padronizar isso, o ganho será bastante interessante, principalmente quanto ao custo.”

Além disso, ele ressalta que as máquinas automatizadas facilitam todo o trabalho. “Basta o operador acionar um botão de determinada receita, e a máquina faz o serviço”.

Já para Flori Vasconcelos, a automatização total garante redução no custo da mão de obra e da rotatividade de funcionários, além de menores custos operacionais. “Em uma indústria, a operação deve ocorrer com uma mão de obra reduzida ao essencial, até um ponto que a equipe seja mantida o ano todo. Para isso, o melhor caminho é a tecnologia”. 

O representante da Paviloche Sorvetes acredita também que a tecnologia não tira o emprego do trabalhador, pelo contrário, ele se torna o centro de todas as operações. “O operador usa toda a sua capacidade técnica e estratégica para comandar a máquina.”

Além disso, para pequenas e médias empresas, a automatização pode contribuir em processos bastante simples, independentemente do tamanho da fábrica. É necessário conhecer a operação, fazer medições e controles, para então possibilitar a aplicação de processos de automatização que realmente reduzam as perdas e os desperdícios.

Dessa forma, está claro que aplicação da Indústria 4.0 é um diferencial competitivo dentro da indústria do sorvete, agregando valor de mercado para as empresas que optam por novas formas de fabricação, aquecem o mercado e conseguem gerar maiores lucros.

O mercado dita as regras: conhecê-lo é fundamental

O sorvete é um dos produtos mais tradicionais da indústria nacional de alimentos. Consequentemente, a competitividade dentro do setor é muito grande e quem não inovar ou não seguir tendências, pode perder espaço por não atender a demanda do mercado de uma forma rápida e assertiva.

Os especialistas na área apontam que as principais tendências para a indústrias de sorvetes serão focadas principalmente na inovação tecnológica e no desenvolvimento de produtos que atendam a demanda do consumidor. “A indústria precisa ter profissionais que estejam atentos ao mercado e antenados a tudo aquilo que o consumidor busca”, disse Flori Vasconcelos. 

O representante da Paviloche Sorvetes indica que o que está muito forte é o plant based, produtos de origem 100% vegetal. “Essa é uma tendência que veio para ficar e devemos ficar atentos. Mas é claro, não devemos converter todo o portfólio de produtos para este foco”, recomenda, completando que uma boa indústria de sorvetes deve atender diferentes tipos de públicos, desde os intolerantes a lactose e veganos até os diabéticos.

Thiago Luiz Ramalho, Diretor Mercadológico da Gela Boca, ressalta que a grande tendência é buscar a saudabilidade com indulgência. “Procuramos desenvolver um sorvete que carregue saudabilidade, mas que não abra mão da indulgência.”  

Já José Carlos Berlanga Guerrero, Sales Manager da Teknoice, ressaltou que os costumes regionais também merecem atenção. “Um sorvete sem açúcar, vendido com sucesso na região sul, dificilmente fará o mesmo sucesso na região nordeste, onde um sorvete mais doce é um desejo.”

Assim, a indústria deve desenvolver um produto para todos os consumidores, de acordo com necessidades médicas, costumes e classes sociais, mas que acima de tudo sejam gostosos ao paladar do consumidor.

Inovar é fundamental, mas é preciso manter o que o produto oferece de positivo

Em qualquer indústria, promover a inovação é imprescindível, mas ela não precisa alterar o que já funciona bem. Segundo Thiago Ramalho o ideal é trazer a inovação dentro de uma tendência ou proposta, mas sem alterar as características do produto. “Precisamos considerar o perfil da empresa ou do cliente de uma região e, aos poucos agregar uma inovação ou uma nova tecnologia que agregue valor ao produto, sem mudar o que ele já oferece de bom”, recomenda.

Dessa forma, Ramalho ressalta que a inovação deve ajudar a marca a se manter no sucesso, garantindo a perpetuação do negócio. “Cabe à indústria pegar aquilo que funciona e potencializar por meio da inovação, da tecnologia e treinamento”, finaliza.

A Fispal Sorvetes concentra os principais players do mercado sorveteiro no Brasil. Realizada entre os dias 7 e 10 de junho, no Expo Center Norte, a edição deste ano traz outra novidade: será híbrida, com exposição no pavilhão e a oportunidade para o público acompanhar alguns takes da feira na Plataforma Fispal Food Digital, que conecta compradores e fornecedores por meio de seus eventos durante os 365 dias do ano. Nesta edição, a expectativa é reunir mais de 50 mil visitantes de todo o Brasil e 1.800 marcas expositoras.

 

Saiba tudo sobre Indústria de Sorvetes

 

O que é a indústria de sorvetes?

A indústria de sorvetes é composta por empresas que produzem e comercializam sorvetes e produtos relacionados. Ela engloba desde pequenas sorveterias artesanais até grandes fabricantes industriais.

Como a indústria de sorvetes atende às restrições alimentares?

A indústria de sorvetes oferece uma variedade cada vez maior de opções para atender a restrições alimentares, como sorvetes sem lactose, sem glúten e sem açúcar. Também existem opções veganas feitas com leites vegetais, como leite de amêndoas ou leite de coco.

Como é feito o processo de fabricação de sorvetes em larga escala?

O processo de fabricação de sorvetes em larga escala envolve a mistura dos ingredientes em grandes tanques, seguida pela pasteurização para garantir a segurança alimentar. Depois disso, a mistura é resfriada, homogeneizada e envasada em embalagens adequadas. Em seguida, os sorvetes são congelados em câmaras de congelamento rápido.

Quais são os principais desafios enfrentados pela indústria de sorvetes?

Alguns dos principais desafios enfrentados pela indústria de sorvetes incluem a concorrência acirrada, a sazonalidade da demanda (com maior consumo no verão), a gestão da cadeia de frio para garantir a qualidade e a logística de distribuição eficiente para manter os produtos congelados.

Quais são as tendências recentes na indústria de sorvetes?

Tendências recentes na indústria de sorvetes incluem a busca por ingredientes naturais e orgânicos, o desenvolvimento de sabores inovadores e exóticos, a personalização dos sorvetes com adições e coberturas exclusivas, a introdução de opções saudáveis ​​e funcionais, como sorvetes com baixo teor de açúcar e alto teor de proteína, e a crescente demanda por opções veganas.

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