Números do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) indicam que mais de 1 mil food trucks transitam pelo Brasil. Mesmo que já tenham sido chamados de moda passageira, ainda há espaço para inovar. Empresários do setor em São Paulo, Rodrigo Arjonas e Luciano Oberle faturam R$ 450 mil por mês vendendo, aproximadamente, 20 mil hambúrgueres nesse período em dois ônibus adaptados.

Os empresários compraram um veículo de dois andares, típico de Londres, único no Brasil, de 1965, e outro ônibus, escolar norte-americano, de 1987, encontrado pela internet, comprado por R$ 47 mil. O investimento total com reforma, pintura e cozinha foi de R$ 500 mil. Uma parceria com uma indústria de bebida ajudou a pagar esse investimento.

A parceria poderia ser classificada como casual: Arjonas foi até uma distribuidora da marca de cervejas para comprar uma chopeira. Conversando com o proprietário apresentou seu projeto de food truck e os planos para uma segunda unidade. O distribuidor levou a ideia até a fabricante de bebidas, que entrou em contato com criadores do Busger em busca de uma parceria exclusiva para fornecer chope, cervejas e refrigerantes.

Depois da reforma o ônibus londrino ganhou, além da cozinha em que antes era o corredor do andar inferior, mesas para acomodar até 24 pessoas no andar superior. No total, empregam 15 funcionários. Eles já abriram prospecção de serviço de franquias e, até 2019, pretendem ter mais seis ônibus próprios operando como food trucks.