A automação da indústria é o caminho para aquelas empresas que querem se tornar mais competitivas no mercado e também melhorar o processo de fabricação de seus produtos. Isso acontece devido ao fato de as máquinas serem grandes aliadas do avanço tecnológico e da informática, além de conseguirem executar mais rapidamente e de forma mais precisa diversos processos.
Um dos principais destaques em relação à automação da indústria é a flexibilidade que ela proporciona para o processo produtivo, bem como a qualidade da produção que acaba se tornando maior devido ao processo automatizado.
Também há a redução de erros, pois a produção feita por máquinas acaba sendo mais uniforme, padronizada e menos suscetível a erros, e a consequência disso são a melhora na produtividade e a redução de custos. “Quanto menos automação, menor é a produtividade”, resume o diretor-presidente da Trumpf do Brasil, João Carlos Visetti,
A Europa, por exemplo, apesar de os custos de mão de obra serem mais elevados, é muito mais competitiva na manufatura de máquinas e equipamentos, justamente devido ao nível de automação e produtividade de suas fabricas. Visetti corrobora essa questão, afirmando que “a diferença de produção se dá porque, no Brasil, as indústrias não são tão automatizadas como na Alemanha e nos Estados Unidos”.
A rentabilidade trazida pela automação
Além de todos os pontos já elencados, há um aspecto importante para qualquer empresário: a rentabilidade.
Manualmente, a produção 24 horas por dia, sete dias por semana pode se tornar cara, porque isso significa contratação de pessoal suficiente para cobrir todos esses horários, pagamento de adicional noturno, etc.
No caso de um processo de automação, as máquinas podem trabalhar 24 horas por dia e sete dias por semana sem que se faça necessário interrupções, e na era da Indústria 4.0, o gestor da empresa pode controlar todo o processo produtivo a partir de seu celular, em qualquer lugar.
Para entender melhor essa rentabilidade trazida pela automação, o diretor-presidente da Trumpf do Brasil a explica utilizando uma situação real. “Tomando como base as empresas que trabalham 12 horas diárias e 5 dias por semana, basta um pouco mais de investimento para que elas consigam mais do que dobrar a produção. O valor absoluto vai depender de cada caso, mas a rentabilidade é, no mínimo, 30% maior. Nossos clientes da área de corte e conformação conseguiram 60% de aumento de produtividade e, hoje, têm custos competitivos com fábricas do grupo na China e Estados Unidos”, destaca.
Segurança do trabalhador
Outro ponto para levar em consideração na automação da indústria é a segurança do trabalhador. Com isso, diminui-se o risco de acidentes e afastamentos por trabalho repetitivo. É possível, ainda, que a empresa tenha uma redução de custos em relação tanto ao seguro-saúde do trabalhador quanto a ações trabalhistas e rotatividade da mão de obra.
Como iniciar a automação dos processos na indústria
Para obter essa rentabilidade, primeiramente, é preciso planejamento, sem ele a automação de processos pode não ter a eficácia que se espera. Recomenda-se a realização de um estudo para definição de um plano estratégico. Uma vez que esse plano esteja aprovado, entra-se na fase de implementação de acordo com a capacidade de investimento da empresa.
Neste aspecto, é preciso estar atento a uma revisão geral dos processos, tendo em vista que não se trata apenas de uma simples automação, mas em ganho de produtividade na indústria. Na fase de planejamento, é preciso levar em conta, também, a digitalização dos processos.
Dentro desse planejamento, é preciso pensar na qualificação de pessoal, já que um sistema automatizado não prevê corte, mas sim a capacitação de profissionais. É possível ter o mesmo número de pessoas, assumindo outras responsabilidades, o que exige uma qualificação diferenciada. Deixam-se de lado os processos repetitivos para dar espaço aos trabalhos de programação desses equipamentos, por exemplo.
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