Como já falamos em outras oportunidades por aqui, a Indústria 4.0 está diretamente ligada à análise e interpretação de grandes volumes de dados – ou seja, ao famoso Big Data. Isso porque a forma com a qual o gestor da indústria passará a trabalhar com as informações levantadas no chão de fábrica vai possibilitar a redução de custos e de tempo, o desenvolvimento de novos produtos e ofertas otimizadas, além da tomada mais inteligente de decisões.
Mas o que todos estes dados significam? Como eles devem ser analisados em tempo real? E de que maneira podem proporcionar mais conhecimento, melhorias e transformações? Todas estas perguntas apontam para a figura do “cientista de dados”, um profissional ainda em fase de desenvolvimento no mercado brasileiro que vai desempenhar um papel fundamental na indústria.
Trata-se de uma nova geração de profissionais analíticos, composta por matemáticos, analistas de computação, entre outros perfis, que ajudará o gestor a encontrar soluções simples para problemas industriais complexos, ao processar e analisar dados importantes no dia a dia.
Ainda não existe uma educação superior formal para esta ocupação, mas o profissional da área precisará buscar o desenvolvimento constante, adquirindo conhecimento a respeito das principais ferramentas, linguagens e bibliotecas de dados, de modo que possa se destacar no mercado e conseguir desenvolver um trabalho diferenciado.
A Indústria 4.0 e o surgimento de uma nova profissão
Daqui para frente, a linha de produção de qualquer indústria do setor de alimentos e bebidas estará repleta de sensores produzindo dados. Só que apenas produzi-los não será suficiente. De acordo com Fernando Amaral, cientista de dados, escritor e professor da Data Academy, as informações adquiridas precisarão ser transformadas em informação e conhecimento útil, gerando, assim, valor para as empresas.
“Dessa forma, a linha de produção vai parar menos, gastar menos energia, ter menor custo de manutenção e ser mais eficiente. O mesmo ocorre em outras áreas da indústria, como a administrativa e a do marketing, por exemplo”, afirma o especialista.
A oportunidade para o “cientista de dados” trabalhar na indústria surgiu a partir da necessidade apresentada pela Indústria 4.0 de criar novos métodos para a análise do grande volume dos dados gerado pelo chão de fábrica. Por isso, cabe a eles a utilização de ferramentas (Hadoop, Spark, Bancos de Dados NoSQL, Banco de Dados Relacionais – BDR e Data Warehouses) que possibilitam a coleta de informações, a aplicação de algoritmos, o cruzamento de dados não estruturados, entre outras tarefas.
“O cientista deve ser uma pessoa curiosa, capaz de fazer as perguntas certas e encontrar o melhor caminho na busca das respostas. Falando de habilidades técnicas, deve ter conhecimento em estatística, machine learning, lógica de programação e banco de dados”, ressalta o especialista da Data Academy.
Somente assim, ele poderá extrair da tecnologia e dos dados gerados o melhor que eles podem oferecer à indústria na prática, extraindo informações estratégicas e influenciando a organização como um todo.
Você já conhecia a importância do “cientista de dados” para a indústria de alimentos e bebidas? Continue acompanhando o nosso canal de conteúdo e confira outras informações sobre o assunto.