A segurança alimentar para a indústria é um tema que tem ganhado cada vez mais espaço. Por isso, as discussões e tendências acerca das boas práticas são frequentes e precisam ser acompanhadas.

“Vivemos a era da informação, em que os consumidores estão cada vez mais empoderados. De um lado, os canais estão completamente abertos a esses consumidores, e qualquer deslize de uma empresa pode, rapidamente, levar a uma crise de reputação. Por outro lado, a informação faz com que os consumidores tenham um poder de escolha muito mais apurado”, ressalta Marcela Drummond, CEO da Myleus.

Não é à toa que as denúncias sobre os produtos estão aumentando. Afinal, a segurança alimentar se tornou um assunto para além da indústria. Agora, entregar qualidade abaixo do esperado não é mais aceitável.

Continue com a leitura e entenda mais sobre a importância da segurança alimentar para a indústria, além de conhecer as principais tendências neste sentido!

Por que a segurança alimentar para a indústria importa tanto?

“Hoje, os influenciadores de compra dos consumidores estão muito mais voltados a questões como saúde e bem-estar do que no passado, quando fatores como preço e conveniência tinham grande destaque”, complementa Marcela.

De acordo com a especialista, todo esse novo contexto fez com que a indústria de alimentação desenvolvesse um olhar mais cuidadoso para o tema: “mais do que nunca, as empresas têm se conscientizado que a qualidade e a segurança dos alimentos que servem aos consumidores é de suma importância para a sua imagem e reputação. No fim do dia, a segurança de alimentos está diretamente vinculada aos resultados financeiros de uma empresa”.

Em outras palavras, a segurança alimentar para a indústria de alimentos e bebidas se tornou uma questão de sobrevivência, e quem não se atentar a esse aspecto dificilmente conseguirá manter a competitividade ao longo dos anos.

Segurança e gestão: a importância dos processos

Marcela chama atenção para o fato de que o tema de segurança alimentar para a indústria de alimentos e bebidas precisa vir acompanhado de uma boa gestão. “Isso envolve a gestão de dados de processos, análises, fornecedores. A cada dia temos mais ferramentas disponíveis para a coleta de dados e, consequentemente, mais dados coletados. Eles são uma fonte muito importante de informações que, se bem utilizadas, podem trazer insights sobre a qualidade e segurança de alimentos”.

Com uma boa análise de dados é possível, por exemplo, prever tendências, qualificar melhor os fornecedores, controlar linhas de produção, ranquear unidades produtivas. A digitalização, analytics e Indústria 4.0 também chegaram à segurança dos alimentos, e, com as ferramentas corretas, é possível ter muito mais produtividade e assertividade na gestão da segurança dos alimentos.

Tendências em segurança alimentar

Os consumidores estão mais críticos em relação à qualidade dos alimentos, especialmente quando falamos de itens massificados. Por isso, atuar com transparência é um dos pontos que começa a desempenhar um papel tão importante para a compra quanto para a experiência do consumo.

Nesse sentido, as marcas precisam encontrar alternativas para controlar melhor o processo de produção, distribuição e estocagem, e a tecnologia de blockchain pode ser vital para melhor os níveis de rastreabilidade e garantir maior segurança e nível de qualidade.

Além disso, é fundamental que todos os elos da cadeia tenham acesso à informação, e isso também vale para os clientes. Assim, é possível tomar decisões mais rápidas e mais eficazes.

Outra grande tendência de segurança alimentar para a indústria está na busca do consumidor por um estilo de vida mais minimalista e com impactos mínimos. Assim, muitos consumidores estão priorizando produtos com valores que vão de encontro à essa proposta e sejam mais sustentáveis.

Aqui, a embalagem conta muitos pontos. Afinal, esse é um dos fatores que gera uma percepção maior e mais imediata ao consumidor. No entanto, os esforços em redução de embalagens devem englobar os demais elementos da cadeia e, principalmente, o descarte que elas terão após o uso – tudo isso sem comprometer a sua principal função: proteger e garantir a qualidade do produto.