A exportação de proteína animal sempre foi uma área importante e promissora para a economia brasileira. Nos últimos 20 anos, o Brasil obteve um crescimento de 643% no valor das exportações de produtos de origem agropecuária e atualmente é um dos principais exportadores de carne bovina e de frango do mundo.

No entanto, segundo especialistas do agronegócio brasileiro poderia ter crescido muito mais se não fosse o alto custo da logística, que chega a ser quatro vezes maior no Brasil em relação aos Estados Unidos e Argentina.

O que o seu negócio pode ganhar ao exportar proteína animal?

Exportar proteína animal traz uma série de vantagens para produtores brasileiros que desejam atuar no mercado internacional, sendo as principais:

  • Benefícios fiscais: produtores brasileiros que desejam exportar proteína animal têm imunidade de pagamento do IPI (Imposto de Produtos Industrializados), COFINS (Contribuição para Financiamento do Seguro Social), PIS (Contribuição para Integração Social) e a não-incidência do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Além disso, é possível fazer a manutenção dos créditos fiscais de IPI e ICMS relativos à compra de matérias-primas, produtos intermediários, materiais de embalagem, entre outros.
  • Maior abrangência: além do mercado internacional ser muito mais abrangente e ilimitado em termos de quantidade, é importante levar em consideração que produtos de qualidade (gourmet e premium) costumam ser mais valorizados economicamente em países europeus e árabes. Portanto, focar nesses mercados pode ser uma alternativa na hora de agregar valor ao produto e aumentar a margem de lucro.
  • Vantagem mercadológica: levando em consideração os benefícios fiscais e de abrangência, é fácil concluir que a exportação de proteína animal é uma excelente maneira de reduzir os custos, aumentar os lucros e se diferenciar dos concorrentes nacionais.

Vale ressaltar que os benefícios podem variar bastante (para melhor ou pior) de acordo com as políticas dos países compradores.

Custo de produção: como lidar com esse desafio?

Apesar da consolidação do Brasil como um dos principais exportadores de proteína animal do mundo, nosso País enfrenta o desafio de reduzir custos de produção que, segundo especialistas, é o que mais impede as exportações de crescerem ainda mais.

Como fazer isso?

Segundo o presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), José Augusto de Castro, para reduzir os custos e aumentar a competitividade das exportações no Brasil é necessário focar os investimentos em transporte, infraestrutura e logística.

Estamos atrasados, o momento ideal para as reformas já passou. No Brasil, temos o dobro de empresas importadoras em comparação às exportadoras, ou seja, estamos comprando mais produtos de fora do que vendendo”, afirma Castro.

Como exportar proteína animal?

Além dos requerimentos impostos pelo próprio País importador, qualquer exportação de produtos de origem animal no Brasil deve ser controlada e autorizada pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).

Por isso, o primeiro passo para quem deseja exportar proteína animal é obter o registro do estabelecimento no SIF (Serviço de Inspeção Federal), que atesta a regularidade sanitária, técnica e legal das instalações, equipamentos e processos utilizados na produção do alimento – vale lembrar que a comprovação da sanidade animal também pode estar sujeita à empresa (ou país) para qual o produto será exportado.

Em seguida, o produtor deve solicitar a habilitação para exportar junto ao Dipoa (Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal), da SDA (Secretaria de Defesa Agropecuária) do Ministério da Agricultura.

Se aprovada, a empresa estará habilitada ao comércio internacional e será incluída na lista geral dos estabelecimentos exportadores, disponível no site oficial do MAPA.

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