Alugar cozinha é uma tendência no exterior e está chegando ao Brasil com força total. Conforme falamos neste artigo sobre cozinha colaborativa, a proposta é que cozinheiros possam usar o espaço profissional para produzir seus pratos.

A cozinha colaborativa funciona exatamente da mesma forma que o escritório colaborativo, conhecido como coworking. Ao chef é oferecida uma cozinha industrial em um sistema de aluguel. Todos os utensílios já estão na cozinha, dessa forma, cabe ao cliente levar somente os ingredientes, a receita e claro, o seu talento.

“Cobramos do chef uma taxa de R$ 280 pela locação da cozinha. O chef pode ficar o dia todo (das 9h às 22h), sendo que às 12h ele tem que iniciar o almoço e às 22h encerrar o jantar”, diz Rebecca Dias da House of Food

Além disso, todo o atendimento e a venda de bebidas são feitos pela equipa da casa, cabendo ao chef somente produzir seus pratos.

Em cozinhas colaborativas, a higiene é sempre uma prioridade, assim Rebecca pondera o seguinte: “ao final do serviço o espaço tem que ser entregue limpo, do jeitinho que ele encontrou quando chegou.

No caso da House of Food, o chef pode solicitar a limpeza, desde que concorde com o pagamento de uma taxa de R$ 150. Essa é a norma da colaboração: “usar hoje, mas deixar tudo organizado para que outra pessoa possa usar amanhã.”

Vale a pena alugar uma cozinha colaborativa?

Para quem pretende testar um novo modelo de negócio gastronômico, mas não tem como investir tanto, o custo benefício das cozinhas colaborativas compensa muito, já que o que é oferecido vai muito além do que qualquer chef teria em qualquer outro espaço.

Além disso, a ideia é que o espaço seja lucrativo ao chef e à cozinha. “No dia seguinte ao evento fazemos o fechamento completo para saber quantos pratos foram vendidos. Esse fechamento, por sua vez, é encaminhado ao chef que alugou o espaço para que, depois de 10 dias úteis, seja feito o repasse do que foi vendido.

Esse repasse varia para cada cozinha colaborativa. Na House of Food, por exemplo, é feita a seguinte divisão: 70% do valor dos pratos vendidos ficam para o chef e 30% ficam para a casa, valor aplicado no custeio de impostos e  taxas de cartões.

A propaganda é a alma do negócio

Para o chef que alugar o espaço de uma cozinha colaborativa, a divulgação se torna ainda mais importante. O diferencial, nesse sentido, é que o empresário faz a divulgação pessoal dele e a cozinha colaborativa também se empenha em divulgar o evento.

Segundo Rebecca, para que o evento tenha uma divulgação interessante, solicita-se ao chef que a faça previamente ou chame um público que ele já conheça.

Depois dessa divulgação prévia nós divulgamos nas nossas páginas em redes sociais e dependendo do prazo, tentamos divulgar em plataformas como Catraca Livre ou Chicken or Pasta”.