Sem dúvidas, uma boa gestão financeira inicia-se na contratação de pessoal qualificado na área financeira.

Aconselha-se ainda que se tenha uma equipe composta por multiprofissionais com vivência/experiência na atividade de abatedouros, devido à complexidade da atividade.

A atuação multiprofissional visa implementar um sistema de gestão financeira específico e direcionado ao empreendimento em questão, proporcionando uma maior organização para os dados financeiros da empresa com consequente automatização dos processos, responsáveis por elevar a produtividade da equipe e garantir maior confiabilidade dos dados e das informações”, diz a professora da UNIMAR (Universidade de Marília), (SP), Elma Pereira dos Santos Polegato.

Além do mais, vale lembrar que a gestão financeira é a grande responsável por sustentar todas as outras atividades em qualquer empresa e, por esta razão, merece atenção especial dos gestores.

Afinal, se os recursos não forem administrados de forma correta, o negócio não tem como funcionar na sua excelência, principalmente num setor tão competitivo quanto o ligado a abatedouros.

Assim, a professora da UNIMAR sugere que para que tenha um crescimento sustentável, o administrador deve considerar alguns pontos quanto à gestão financeira de abatedouros:

  1. Deve-se considerar todo o fluxo financeiro de entrada e saída do abatedouro a partir do monitoramento das atividades dos diferentes setores. “Esse monitoramento se dará através de anotações em planilhas específicas que, após avaliadas, irão gerar melhorias de processos e procedimentos, potencializando os resultados da empresa”..
  2. Acompanhar a logística de abastecimento e questão operacional de toda a cadeia produtiva da carne: fundamental para o sucesso de toda empresa, em especial os abatedouros.
  3. Boa gestão dos custos. O custo para comprar, armazenar, movimentar e despachar materiais é responsável por mais da metade do custo de um produto. Elma indica que essa ocorrência não é diferente na cadeia de suprimentos para abatedouros.

Essa cadeia possui alto grau de incerteza, pois além do longo ciclo de preparação da matéria prima, que está sujeita as variáveis externas (epidemias, sanções comerciais e períodos de estiagem), adicionam-se os problemas e fragilidades existentes nas relações de fornecimento”.

  1. Incluir a gestão de riscos como uma ferramenta para a tomada de decisões. “Ocorrências externas a empresa, como mudanças na economia, diminuição de mercados, dentre outras podem impactar fortemente os resultados da empresa, daí a importância à gestão do risco”.