Graças
a Blockchain é possível chegar a um supermercado e ter a possibilidade de rastrear
todo o “caminho” da carne disponível no seu celular, desde o local onde o
animal foi criado, o tipo de alimentação, transporte e até armazenamento do
produto. A tradução mais literal para o
termo blockchain é “cadeia de blocos” que funciona como um sistema de
blocos de dados encadeados que registram operações e transações de forma
descentralizada e inviolável.
Antes
associado somente às criptomoedas, como a moeda virtual Bitcoin, essa
tecnologia está possibilitando que o consumidor tenha a sua disposição todas as
informações derivadas do rastreio da carne. Mas ultimamente o blockchain começa
a ser pesquisado para contribuir com o rastreio da carne, desde a fazenda até o
supermercado.
Por meio
dessa tecnologia e com o uso de um QR Code, que pode ser lido por um
smartphone, o consumidor terá acesso a informações bastante detalhadas sobre
todas as etapas de produção e distribuição dos alimentos, explica cientista e pesquisador em Blockchain da
IBM Brasil, Percival Lucena, lembrando que a eficácia desse sistema depende do estabelecimento de um processo de
produção padronizado na fazenda com definição de tarefas e responsáveis pelo
levantamento das informações.
“É
possível mapear todo o fluxo de produção, identificando os produtores, locais e
pessoas responsáveis pelo processo. Além disso, ao utilizar os padrões do GS1
de localização e identificação de produtos, podemos criar eventos como
‘recebimentos’, ‘remessas’ e ‘pedidos de compra'”, salienta. E “empresas
como a BeefChain prestam serviços em cima da plataforma IBM Food Trust para
garantir que os processos da fazenda satisfaçam exigências fitossanitárias
especificas, como a certificação USDA”, ressalta o pesquisador.
O
pesquisador da IBM cita que tal processo facilita toda a inspeção, permitindo
identificar com precisão problemas como contaminação, ajudando os produtores
com bons produtos a se destacarem no mercado e provar que não estão associados
a locais onde ocorrem problemas.
Um
exemplo prático é uma linha de produtos da BRF, na qual os produtos têm impresso em suas
embalagens o número do lote e, por meio dele, o cliente consegue rastrear a
origem do produto, conhecendo detalhes da família que criou a ave. Para acessar
a informação, o consumidor deve acessar um link e digitar o código impresso na
embalagem.