A rastreabilidade é um conceito que chegou para ficar, especialmente na indústria de alimentos e bebidas, afinal trata-se da habilidade de se recuperar o histórico, a aplicação ou a localização de um determinado produto em toda a cadeia de produção até chegar nas mãos do consumidor.

Nilson Gasconi, executivo de negócios da Associação Brasileira de Automação – GS1 Brasil, explica que a rastreabilidade inibe a falsificação de produtos e permite monitoramento eficiente de todos os produtos de uma empresa, o que pode aumentar a produtividade de uma indústria. Já no caso de um recall, possibilita a rápida identificação do problema e a remoção dos produtos da cadeia de suprimentos, ajudando a minimizar os riscos aos consumidores, limitando o impacto econômico e o dano à reputação da marca.

Uma das ferramentas mais utilizadas no rastreamento é o código de barras. “Ele contribui para a agilidade no atendimento ao cliente e o aprimoramento da gestão”, garante o executivo. Permite, ainda, uma captação automática das informações, ou seja, maior controle, diminuição de erros, velocidade no atendimento de pedidos dos clientes e redução de custos, entre outros benefícios.

A implantação do sistema de rastreabilidade exige total integração dos processos. Começa da sinergia desde o fabricante da matéria-prima até os integrantes de toda a cadeia de abastecimento que fazem os produtos chegarem ao varejo. “Os fabricantes geralmente dão início ao processo quando passam a coordenar com os produtores a qualidade e a procedência da matéria-prima.”

Além disso, o rastreamento contribui com portarias importantes como a APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle), BPF (Boas Práticas de Fabricação)  e Procedimento Operacional Padrão BPF) – APPCC. Em relação ao marketing, o controle e qualidade de produção com o rastreamento favorece a competitividade com o mercado internacional e preserva a imagem de preocupação com o consumidor.