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Novas tendências de conectividade 6G

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Entenda mais sobre o que é, quais são as previsões e tendências do 6G, a próxima geração das redes móveis, que já está em desenvolvimento

O 6G é a próxima geração das redes móveis e promete uma velocidade de conexão ainda maior que o 5G. A tecnologia ainda está em fase de definição e, por conta disso, ainda não se sabe exatamente quais serão as suas capacidades e para quais finalidades ela será voltada.

Apesar disso, alguns especialistas já fazem algumas previsões. Rafael Marques, diretor audiovisual e líder de inovação da Inmagic Group, diz que se trata de uma análise de dados do presente em comparação com previsões do futuro.

“É uma tecnologia totalmente embrionária. Entretanto, com a arquitetura de dados que temos hoje, vamos começar a ouvir mais sobre ela antes do que imaginamos. Com isso em mente, acredito que, em termos de mudanças, o 6G será responsável por uma grande evolução em termos de integração de dados. A dificuldade que temos hoje de interligar tecnologias será mitigada pela capacidade que o 6G terá de interligar softwareshardwares, diferentes linguagens de programação e dispositivos”, afirmou Marques, em entrevista ao site da Futurecom.

Sobre as características do 6G, o especialista afirma que a ultra velocidade e alta capacidade de processamento de dados são as características mais previsíveis e acertadas. E, isso deve vir acompanhado de um novo sistema de infraestrutura, com mais robustez e versatilidade. Na prática, devemos ver a evolução da transmissão por fibra óptica e dos servidores que conhecemos hoje.

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Tecnologias que irão avançar com o 6G

Com diversos sistemas integrados e interligados, somados à alta capacidade de processamento de dados, devemos testemunhar o surgimento e/ou aperfeiçoamento de novas tecnologias com muito mais frequência. 

“Uma delas, destaco, é o metaverso e suas possibilidades. Hoje, limitado ao desenvolvimento de ambientes virtuais e interações via dispositivos, os metaversos vivem sua era ‘beta’. Daqui alguns anos, ele estará em seu auge, e, com certeza, será um recurso usado por pessoas, empresas, indústrias, governos, organizações do agronegócio etc.”

Sobre o IoT (tecnologia das coisas), Rafael Marques afirma que será mais frequente o lançamento ou aperfeiçoamento de dispositivos conectados a redes de internet. 

“A surpresa, penso eu, será a expansão de setores trabalhando com esse recurso. Hoje, já temos aparelhos de som e imagem conectados à web. Não é mais necessário esperar a previsão do tempo no telejornal - podemos perguntar como estará o tempo amanhã para a TV. Mas, como será quando esse recurso for nativo em brinquedos, objetos de decoração, calçados, roupas? Devemos conhecer essas respostas em breve.”

Wilson Cardoso, diretor do Grupo Setorial de Telecomunicações da Abinee - Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, também conversou com o Futurecom sobre as tendências para aplicações 6G no Brasil.

Segundo ele, algumas das aplicações de 6G são:

  • Inteligência Artificial integrada à rede, que poderá aprender com os dados e otimizar os serviços, além de prover assistência personalizada aos usuários;
  • Hologramas sensíveis, que permitirão fazer chamadas de vídeo com a sensação de toque e transmitir sentimentos, aproximando as pessoas à distância;
  • Gêmeos digitais, que serão modelos virtuais de objetos, pessoas ou ambientes, que poderão interagir com o mundo real e vice-versa, criando novas experiências e soluções;
  • Comunicação quântica, que usará os princípios da física quântica para garantir uma comunicação mais segura, rápida e eficiente, além de possibilitar novas aplicações como computação quântica e criptografia quântica;
  • Redes cognitivas, que serão capazes de se adaptar dinamicamente às condições do ambiente e às necessidades dos usuários, usando técnicas de aprendizado de máquina e Inteligência Artificial

“Essas são algumas das aplicações de 6G, mas há muitas outras em estudo”, conclui o especialista da Abinee.

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Investimento em pesquisa e desenvolvimento do 6G no Brasil

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Wilson Cardoso explicou que estudos e visões a respeito das características e casos de uso do 6G seguem a todo vapor no mundo. O Brasil não é exceção e já se prepara para esse futuro, com iniciativas tais como:

  • O Projeto Brasil 6G, que reúne várias instituições de pesquisa para criar um ecossistema favorável para o desenvolvimento de uma nova rede de comunicações móveis no país. 

O projeto começou em fevereiro de 2021 e terá duração de dois anos. O objetivo é construir um ambiente de testes para novas aplicações em redes móveis 6G e além.

  • O Centro de Pesquisa em Engenharia em Redes e Serviços Inteligentes para 2030 (Smartness), constituído pela Fapesp e pela Ericsson na Unicamp. 

O centro foi inaugurado em dezembro de 2022 e conta com a participação de mais de 50 especialistas em engenharia elétrica, computação, telecomunicações ou áreas correlatas.

O desafio é explorar soluções inovadoras em telecomunicações que auxiliem na projeção e construção de infraestruturas de computação em nuvem e redes cognitivas orientadas por aprendizado de máquina e Inteligência Artificial (IA) para o desenvolvimento da próxima geração de serviços de conectividade;

  • O acordo de cooperação entre o Brasil e a Finlândia, dentro do 6G Flagship, que envolve universidades brasileiras e finlandesas para o desenvolvimento de diversas camadas do ecossistema necessário para o 6G.

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Como a academia, indústria e operadoras têm se unido para desenvolver aplicações do 6G?

Segundo o diretor do Grupo Setorial de Telecomunicações da Abinee, academia, indústria e operadoras têm se unido para desenvolver aplicações do 6G de diferentes formas, como:

  1. Criando projetos de pesquisa em parceria com instituições nacionais e internacionais, como o Projeto Brasil 6G e o 6G Flagship, da Finlândia;
  2. Participando de eventos para compartilhar resultados, desafios e oportunidades, como o workshop Brazil 6G, promovido pelo Inatel;
  3. Definindo casos de uso e requisitos para o 6G, considerando as necessidades da sociedade brasileira e as características do país;
  4. Explorando novas tecnologias que possam habilitar o 6G, como redes cognitivas, IA, gêmeos digitais, comunicação quântica, entre outras;
  5. Planejando o espectro de frequências que será necessário para o 6G, buscando harmonização e eficiência;
  6. Aproveitando as aplicações do 5G para a indústria 4.0, como automação, internet das coisas, realidade aumentada, entre outras, que podem servir de base para o 6G.

“Os institutos associados ao IPD Eletron, iniciativa da ABINEE para fomento da Inovação Tecnológica, também estão em estreita cooperação com as empresas do setor em grupos globais de pesquisa para a construção das bases do 6G e desenvolvimento de casos de uso voltados ao mercado local”, conclui Cardoso.

Quais são as previsões de lançamento do 6G no Brasil e no mundo?

O 5G ainda está sendo implantado no mundo. Para Rafael Marques, diretor audiovisual e líder de inovação da Inmagic Group, até o início da próxima década, o 5G será como o 3G é para nós hoje: algo datado, longínquo e que não atende mais a nossa capacidade de comunicação. 

“Portanto, em cerca de seis ou sete anos, o 5G precisará de evolução, dando espaço às implantações primárias do 6G em países desenvolvidos”, afirma Marques.

No Brasil, a chegada da próxima geração de banda larga depende do cenário político e do investimento em tecnologia. 

“Na melhor das hipóteses, devemos iniciar a implantação do 6G no início da próxima década. Mas, podemos nos surpreender e receber o 6G em território nacional antes de 2030”, prevê o executivo da Inmagic Group.

Em resumo, de acordo com Marques, a tecnologia 6G impulsionará ainda mais as conexões em nossas vidas cotidianas. Isso facilitará as nossas rotinas pessoais e de trabalho, tendo em vista que a transformação digital continuará ocorrendo.

*Fontes: O que já sabemos sobre a tecnologia 6G? e Novas tendências de conectividade 6G

 

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