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Como a tecnologia digital está transformando a produção de chocolate

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O diretor de produtos da AVEVA traz o case da Barry Callebaut como exemplo do poder da transformação digital

Cada novidade em chocolates encontrada na prateleira do supermercado provavelmente passou por um longo processo – da fazenda de cacau à indústria -, uma jornada cada vez mais dependente da tecnologia digital.

É isso que afirma Rob McGreevy, diretor de produtos da AVEVA, empresa britânica de software industrial. “Embora a indústria de fabricação de chocolates seja conhecida pela sua rica história e métodos tradicionais, os ecossistemas industriais conectados estão ajudando o setor a ultrapassar os limites do que é possível”.

Ele cita o case da Barry Callebaut como exemplo de inspiração do poder da transformação digital no gerenciamento de operações de manufatura. A empresa belgo-suíça, que tem 64 fábricas e uma produção anual de mais de 2,2 milhões de toneladas de produtos de confeitaria, é o principal fabricante mundial de chocolate e cacau de alta qualidade, com aproximadamente 25% da produção mundial de chocolate.

Porém, mesmo as maiores empresas precisam lidar diariamente com processos complexos e qualidade de fornecimento variável. “O leite em pó, por exemplo, pode variar em consistência de um lote para outro, exigindo que as máquinas sejam constantemente recalibradas para garantir um produto de qualidade – seja ele uma formulação existente ou nova. Dimensione essa variabilidade ao longo da cadeia de valor e você terá uma ideia do que é necessário para oferecer, de maneira consistente, o mesmo sabor excelente que os consumidores conhecem e amam”, afirma McGreevy.

Fábrica inteligente

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Para alavancar a inovação de produtos, aumentar a consistência, reduzir custos e melhorar a sustentabilidade, a Barry Callebaut promoveu a transformação digital, implementando um modelo de fábrica inteligente que reúne pessoas, processos e tecnologia.

“A empresa usa um Sistema de Execução de Manufatura (Manufacturing Executing System – MES) de última geração para reunir, em tempo real, os dados HMI/SCADA existentes da planta em um backbone digital padronizado e conectado, que estão disponíveis para as equipes em toda a organização. Ao aproveitar em uma única fonte confiável em uma plataforma de dados industriais e se concentrar nos seus impulsionadores de valor mais importantes, estas equipes podem testar novos casos de utilização em locais piloto cuidadosamente escolhidos – e aprender com os resultados. Os sucessos e as lições são capturados usando uma abordagem modular para melhorar o padrão de fábrica inteligente, para que as melhores práticas possam ser rapidamente compartilhadas e dimensionadas em toda a rede global da empresa”, explica o diretor de produtos da AVEVA.

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Ganhos da transformação digital

A Callebaut teve resultados imediatos do fluxo de dados preciso que permitiram análises de maior qualidade de suas taxas de execução. A tecnologia também facilita o projeto e a manutenção de sistemas com um forte foco nas interfaces e no design de experiência dos usuários (UI/UX) para dar aos operadores uma compreensão do que está acontecendo em toda a organização, segundo o especialista.

Rob McGreevy garante que os novos insights foram responsáveis pela Barry Callebaut reduzir a variabilidade e descobrir a capacidade oculta, melhorando a produtividade geral em mais de 10% – o que equivale a uma linha de produção totalmente nova, em uma comprovação de que os dados são o bilhete de ouro para as fábricas de chocolate.

Ganhos de negócios

As equipes podem agora visualizar processos, eventos e dados em uma única thread digital, e otimizar as operações em tempo real. Além disso, as análises de inteligência artificial melhoram ainda mais a tomada de decisão. O resultado é uma série de ganhos exponenciais.

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“Na Barry Callebaut, as equipes agora querem cristalizar os ganhos existentes em toda a sua rede. Até 2025, a empresa espera que as linhas de produção autônomas sejam capazes de produzir, consistentemente, lotes totalmente automatizados, com zero defeitos de qualidade e na capacidade máxima. Pense nisso como uma prova do futuro quando saborear sua próxima barra de chocolate”, propõe McGreevy.

Para ele, as tecnologias digitais baseadas em dados estão apoiando o crescimento de empresas mais resilientes, competitivas e orientadas pela procura e pelo desbloqueio de novas possibilidades de inovação, eficiência e sustentabilidade no processo. 

“Com a tecnologia digital, os fabricantes podem ter a certeza de que quase todos os aspectos da cadeia de valor podem ser previstos, controlados e utilizados para promover vantagens competitivas. Seja no chocolate ou em outras áreas de produção, a integração da tecnologia digital continuará a impulsionar avanços e a proporcionar experiências deliciosas aos consumidores em todo o mundo”, finaliza.

 

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