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Transformação Digital: o quanto você realmente conhece seu cliente final?

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A Transformação Digital tem como destino a criação de novos modelos de negócios, escreve Carolina Abrantes

*Por Carolina Abrantes 

O tema Transformação Digital talvez seja a grande estrela do momento no mundo corporativo, estando presente em grande parte das pautas executivas e nas agendas editoriais. Em contrapartida, conversando com clientes, alunos e pessoas que participam da minha rede, há diferentes interpretações sobre o que esse tema trata e qual sua real complexidade.

Não irei entrar, nesta matéria, nos conceitos básicos sobre Transformação Digital. Vamos deixar para uma próxima sequência de publicações. Vou, então, fazer uma provocação mais cirúrgica que permeia esse tema.

Segundo os autores Peter Weill e Stephanie Woener, que discorrem profundamente sobre Transformação Digital em seu livro “Qual o seu modelo digital de negócio?”, o movimento estratégico de Transformação Digital possui um forte vetor na direção de uma maior aproximação com o cliente final que puxa sua cadeia de suprimentos.

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Mas, o que isso quer dizer? Normalmente, as cadeias produtivas são puxadas pela propensão de consumo do cliente que está em sua ponta final. Quanto mais eles compram, mas a cadeia é estimulada. Exemplificando: quanto mais as pessoas compram chocolate, mais o plantio e a colheita de cacau são estimulados.

Porém, em uma cadeia mais tradicional, que menos se empodera de tecnologias avançadas e pouco se investe em Transformação Digital, provavelmente o produtor de cacau conhece pouco sobre as pessoas que entram nas lojas de chocolate (físicas ou virtuais) para consumi-lo.

Quem é esse cliente? Quando ele compra mais chocolates? Quando ele está disposto a gastar mais em uma mesma quantidade de chocolate? Quais sabores e formatos ele mais valoriza? Quantos anos e qual a renda desse cliente?

Mas, o que tudo isso tem a ver com Transformação Digital? Segundo os autores, o movimento de Transformação Digital tem como destino a criação de novos modelos de negócios, ecossistemas, fontes de receitas e produtos que levem o seu negócio para mais perto dessa fonte final de clientes.

Ter informações sobre quem puxa toda a cadeira se tornou um ativo extremamente estratégico nos últimos anos, independentemente de sua posição na cadeia de suprimentos. Observe quantos fabricantes de bens de consumo, de alimentos e de bebidas, criaram, nos últimos anos, seus próprios marketplaces e lojas virtuais, substituindo grande parte da força de vendas ou intermediários de médio porte que revendiam seus produtos para pontos de vendas menores e mais pulverizados.

O relatório “Connecting Farm, City and Technology: Transforming Urban Food Ecosystems in the Developing World” da Global Federation of Competitiveness Councils (GFCC) destaca que um dos diferenciais transformadores da cadeia de alimentos será o que eles denominam “Uberization” da cadeia, permitindo, entre outras práticas, a aproximação entre produtor e consumidor final. 

Com certeza, Transformação Digital não é apenas sobre isso. Mas, você já tinha refletido sob essa perspectiva? Agora, volto à pergunta inicial. Dada toda essa provocação, o quanto sua empresa conhece aquele que é, de fato, o cliente final da sua cadeia? O quanto que os projetos de Transformação Digital da sua organização estão levando em conta esse movimento de aproximação ou o uso estratégico de informações sobre o que estes clientes valorizam e esperam?  

Reflita sobre como é possível aproveitar mais de tecnologias avançadas, da engenharia de dados e de todo o poder da inteligência artificial para conseguir mais informações sobre cliente final e usar isso para aumentar a assertividade de seus projetos de inovação e transformação. Vou falar um pouco mais sobre isso em minha próxima publicação. Até lá!

*Carolina Abrantes, Sócia-diretora e cofundadora da Bridge & Co.  

 

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