A quantidade de idosos no Brasil tende a triplicar nos próximos 40 anos. Isso é o que diz um estudo apresentado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ao indicar que em 2050 a população idosa brasileira terá triplicado, passando de 19,6 milhões (em 2010), para mais de 66 milhões de pessoas acima de 60 anos, em 2050.

Esses números indicam uma transformação na pirâmide etária brasileira, já que teremos cada vez mais idosos que viverão cada vez mais. E certamente, esses idosos vão querer ter o prazer de degustar pratos saudáveis em bons restaurantes e isso representa uma grande oportunidade para empreendedores do ramo. Porém, essa ainda não é uma realidade amplamente difundida no Brasil.

A terceira idade, muitas vezes não costuma receber uma atenção especial em restaurantes brasileiros, fato que pode resultar em perda de clientes (e de dinheiro) em estabelecimentos que não oferecem a mínima adaptação para idosos.

Então, como atender esse nicho de mercado de forma eficiente, saudável e exclusiva? Para dar dicas práticas, conversamos com a professora de Gastronomia da Universidade Anhembi Morumbi, Maria Henriqueta Gimenes Minasse.  Ela mostra que não é difícil oferecer um atendimento diferenciado à “melhor idade”.

Quer atender bem um idoso? Então, nunca o subestime

Para qualquer restaurante, a idade avançada não deve significar que o idoso não tem direito a um atendimento de qualidade. Eles têm exatamente as mesmas expectativas que qualquer outro consumidor.

Idosos sempre prezam por um bom atendimento, e caso sejam desrespeitados, poderão deixar de frequentar o estabelecimento.

Seguindo essa ideia, ter funcionários que atendam as necessidades do idoso sempre com muita cortesia e paciência é imprescindível. Como clientes, as pessoas da terceira idade desejam saber muitos detalhes sobre aquilo que pretendem consumir.

Assim, a professora Maria Minasse sugere que é fundamental o treinamento dos funcionários para que compreendam as necessidades deste público.

Explicar pratos com maior detalhamento, ler o que está escrito no cardápio, ter que falar em um tom de voz mais alto, auxiliar no momento de sentar ou sair da mesa, ou ser prestativo quando um talher ou guardanapo cair são alguns dos gestos simples sugeridos pela professora. Eles fazem toda a diferença no acolhimento e no atendimento deste cliente mais experiente.

Mas cuidado, atendimento diferenciado não pode ser confundido com infantilização dos idosos. Eles têm total consciência da lucidez e buscam um atendimento que os identifique como capazes e ativos.

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