A realidade virtual e a realidade aumentada são hoje tecnologias com mil e uma utilidades em diversos ramos da sociedade, indicando que esse é um caminho sem volta e que promete revolucionar de muitas maneiras a forma como enxergamos o mundo.

E é claro que na indústria de proteína animal não seria diferente, já que é cada vez maior o número de empresas de todos os portes que percebem o potencial destas tecnologias e aumentam os investimentos.

Vários são os benefícios que a realidade virtual e a realidade aumentada podem proporcionar ao setor da proteína animal. Para conhecer alguns deles, conversamos com o diretor de relações institucionais da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), Ariel Antônio Mendes.

 

Realidade Virtual e realidade aumentada: o que são?

Apesar de terem conceitos um pouco diferentes, a realidade virtual (RV) e a realidade aumentada (RA) são complementares, principalmente na concepção do usuário.

A realidade virtual (RV) consiste na criação de um ambiente totalmente gerado pelo computador, ou seja, é 100% virtual. O usuário pode interagir com esse ambiente, onde tudo que ele vê ali é gerado por computador, mas não há interação com o mundo real.

Já no caso da realidade aumentada (RA), o usuário continua vendo o mundo real, sendo que este é complementado por alguns elementos virtuais. Na realidade aumentada, a ideia é aumentar a realidade com informações adicionais devidamente alinhadas com a visão do usuário e do mundo real.

Por exemplo: com a realidade aumentada você olha para uma pessoa e vê informações sobre ela, quem ela é, sua escolaridade e sua idade, seus gostos, etc. O mesmo pode acontecer para um produto, como por exemplo uma embalagem de carne.

 

Grandes possibilidades destas tecnologias no mercado de proteína animal

As possibilidades que a realidade virtual e realidade aumentada pode proporcionar ao mercado de proteína animal são bastante vastas.

Diversos setores relacionados à alimentação já utilizam a realidade virtual e a realidade aumentada para melhorar a percepção sobre temas como segurança e boas práticas a potenciais clientes.

Mendes explica que com o uso deste tipo de tecnologia é possível mostrar aos stakeholders (pessoa ou grupo que possui interesse em uma determinada empresa ou negócio) a origem dos produtos.

Com a tecnologia da realidade aumentada, os diversos mercados podem conhecer o espaço onde os animais são criados, quais são as técnicas de manejo, e conhecer de modo geral o funcionamento das granjas, sejam elas de suínos ou aves e até de fazendas”, diz.

Desse modo, o diretor de relações institucionais da ABPA salienta que, além da interatividade, cria-se uma aproximação entre o comprador e o produtor. “Com essa maior aproximação têm-se maior confiança e durabilidade nas relações comerciais na hora da empresa fechar novos negócios”, explica Mendes.