Apesar da leve recuperação da economia brasileira no primeiro semestre de 2017, especialistas concordam que ainda é preciso cuidado ao investir em mercados mais restritos, como o de carne bovina premium.
Mas, para aqueles que enxergam na crise uma oportunidade de inovação e desejam aproveitar ao máximo essa oportunidade, o primeiro passo é montar um modelo de negócio.
Hoje existem várias técnicas e metodologias para se fazer isso mas, basicamente, o empresário precisa conhecer ao máximo o público que ele deseja atrair. Algumas questões que não podem faltar no estudo são:
- Quais são os seus cortes preferidos?
- Quanto estão dispostos a gastar em carnes por mês?
- Qual seu comportamento de consumo?
- Existe alguma época do ano em que o consumo é maior?
Estas perguntas precisam ser respondidas de forma clara, preferencialmente por pessoas desconhecidas que, independente da ideia do negócio, irão passar uma visão mais realista do mercado – o que geralmente não acontece com amigos e/ou familiares.
Também devem fazer parte do plano de negócios:
a) Controle de qualidade: é o documento que contém todos os padrões e procedimentos de qualidade do negócio. No contexto de novos cortes de carnes, é importante deixar claro quais serão as técnicas, utensílios e embalagens utilizadas no processo.
b) Boas Práticas de Fabricação: tem como principal objetivo estabelecer, de forma metódica, todas as boas práticas relacionadas à higiene e limpeza do ambiente de trabalho – que, no caso de carnes, é fundamental para garantir a segurança alimentar do produto final.
c) Custo-benefício: por se tratar de um negócio que, obviamente, depende do lucro para sobreviver, também é preciso buscar o melhor custo-benefício possível, buscando sempre fornecedores mais próximos (economia com logística) e realizando compras insumos e matérias primas por meio de associações que, por comprarem em grande volume, conseguem um preço menor.
Além desses pontos, vale lembrar que o mercado brasileiro é extremamente volátil e a especialização pode fazer a diferença em tempos difíceis. Como lembra Rômulo Machado Vieira, gestor de Projetos do Sebrae:
“O empresário precisa ficar conhecendo as atualizações do mercado, sempre procurando inovar, por mais que ele tenha um produto que hoje está vendendo, o empreendedor precisa se preocupar em estar em constante aperfeiçoamento.”
Por último, mas não menos importante, é preciso determinar o preço de cada corte oferecido. Nesta hora, não existe fórmula mágica e a estratégia mais recomendada por outros empresários é avaliar o preço dos concorrentes e, a partir disso, tentar ser o mais competitivo possível – desde que a qualidade do produto não seja influenciada, é claro.
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