Aplicadas em todo o mundo, as técnicas de insensibilização de suínos consistem na instantânea e completa inconsciência dos animais no momento do abate. Vários são os processos de insensibilização em suínos, o mais moderno deles vem sendo a insensibilização com gás, que vem demostrando bastante eficiência.

Este método de insensibilização vem sendo amplamente estudado em razão das vantagens que ele pode ter sobre outras formas de insensibilização, tais como a pistola de dardo cativo e a eletronarcose.

Neste método, os suínos são submetidos a uma alta concentração de gás CO2, que irá leva-los a um estado de analgesia e anestesia, levando-o rapidamente à inconsciência, mas mantendo as características do produto final.

Como funciona uso do gás na insensibilização de suínos

O sistema de insensibilização por gás consiste em carregar suínos num sistema de carrossel e abaixá-lo na câmara de gás pré-preenchida com uma alta concentração de CO2 (85-90%).

A cada estágio os suínos recebem menos oxigênio e mais gás CO2, que por ser mais pesado que o ar, irá se concentrar no fundo. Dessa forma, com a falta de oxigênio o animal entrará em um estágio de coma profundo, mantendo todos os sinais vitais ativos.

O CO2 é responsável por induzir os suínos a um estado de analgesia e anestesia devido à redução do pH do sangue e do líquido cefalorraquidiano”, explica o pesquisador da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Osmar Dalla Costa. Em seguida, o animal é trazido nesse estado para cima, sendo então pendurado e transportado para a sangria.

O pesquisador da Embrapa ressalta que a inconsciência não é causada de forma imediata, ou seja, alguns segundos são demandados para que o animal perca seu potencial somatossensorial. Além disso, “os possíveis sinais de aversão ao gás por parte dos suínos ainda estão em discussão”, ressalta o pesquisador.