Dizer que a indústria de alimentos e bebidas deve focar em qualidade não é mais novidade para ninguém. O desafio já faz parte do dia a dia do setor, mas não se restringe apenas à textura de um produto ou ao tempo de prateleira. Afinal de contas, antes de chegar às lojas, a indústria deve garantir que o processamento, o envase e a manipulação dos alimentos sejam os mais seguros possíveis.

Juntos, esses procedimentos conferem o máximo de qualidade aos produtos, assim como o design higiênico de equipamentos, que também traz benefícios para a própria indústria, além de facilidades na higienização do maquinário, na manutenção das peças e, consequentemente, no controle de pragas no parque industrial.

Design higiênico de equipamentos: o que é?

O design de um equipamento é considerado higiênico quando incorpora, com caráter preventivo, características que visam reduzir – ou eliminar por completo – direta, ou indiretamente, todo tipo de fonte de contaminação em alimentos processados.

“Equipamentos projetados com essa finalidade ajudam a garantir que  o consumidor receba produtos de mais qualidade, além de promover, geralmente,  a redução nos custos,  já que o fluxo de trabalho é contínuo”, afirma o engenheiro de produção Leandro Ribeiro.

O maquinário, inclusive, agrega mais valor à marca, pois conserva a qualidade dos produtos ao máximo, colocando em prática o conceito da segurança alimentar, com a ausência de riscos de contaminação, infecção e outros tipos de doenças.

Na Europa e nos Estados Unidos já existe uma política rigorosa a respeito do design higiênico de equipamentos. Não à toa, por aqui, a preocupação é cada vez mais crescente.

Problemas que um design inadequado pode trazer

Da mesma forma que o design higiênico de equipamentos pode trazer benefícios diversos  para a indústria de alimentos e bebidas, fazê-lo de forma inadequada tende a causar problemas sérios. “Pode ocorrer o acúmulo de sujeira em diferentes áreas das máquinas, aumentando bastante o risco de contaminação das próximas produções”, ressalta Ribeiro.

Portanto, mais do que um diferencial tecnológico ou de design arrojado, estamos falando de um elemento capaz de valorizar uma marca, ou condená-la, caso os cuidados com a manutenção e higienização do maquinário não sejam respeitados.

Entre os riscos que podem ameaçar a indústria, caso ela não adote o design higiênico de equipamentos, destacam-se:

  • Prejuízo à qualidade dos produtos e segurança do consumidor;
  • Dificuldades no processo de limpeza, manutenção e higienização das áreas;
  • Aumento dos gargalos produtivos por conta de resíduos acumulados.

Mas engana-se, entretanto, quem acredita que o conceito vale apenas para os equipamentos. Outros fatores contribuem para manter e aperfeiçoar a qualidade dos alimentos, como, por exemplo:

  • Localização onde foi construída a fábrica;
  • Projeto estrutural do prédio em si;
  • Escolha de materiais para os acabamentos, assim como da fundação do prédio;
  • Controle de perigos ao maquinário, como a segregação de áreas de trabalho;
  • Fluxo e armazenamento de materiais e produtos;
  • Tráfego de pessoas autorizadas em cada setor;
  • Instalação de serviços como eletricidade, vapor e climatização.

Tudo isso é definitivo na busca por um processo produtivo mais eficiente, seguro e imune a corpos estranhos, substâncias químicas e outros agentes agressivos à indústria de alimentos e bebidas.

Continue acompanhando nosso canal de conteúdo para ficar por dentro das novidades do setor e compartilhe este artigo em suas redes sociais.