As novidades têm tudo a ver com a forma como a tecnologia influencia a rotina das pessoas. Para nos ajudar nessa tarefa, conversamos com Erivan Witamar, que lidera a EW Design Studio, especializada em design de embalagens. “O foco das embalagens está mais em redução de materiais, uso de materiais biodegradáveis, uso de barreiras mais eficientes para preservar sabor e a experiência de consumo. Isso porque a renda do brasileiro ainda está comprometida e os consumidores estão dando preferência para alimentar-se no lar, mas não abrem mão de rapidez e praticidade, privilegiando o delivery e o take away”, afirma.
Conheça as 9 principais tendências no setor de embalagens para alimentação fora do lar:
1.Cores fortes e vibrantes – As marcas de alimentação fora do lar têm explorado cada vez mais o uso de cores fortes e vibrantes para gerar um impacto visual nos clientes – característica dos food trucks, por exemplo. E essa tendência continuará forte por um bom tempo, pois o efeito psicológico que as cores produzem contribuem para que o consumidor guarde a marca na memória;
2.Inspiração retrô – Já percebeu por aí aquelas garrafinhas de vidro bem ao estilo retrô sendo servidas em estabelecimentos de food service? E não é à toa. A inspiração retrô voltou a ser tendência nas embalagens e na identidade visual das marcas, gerando um sentimento positivo que ativa memórias antigas e, ao mesmo tempo, desperta a curiosidade nos clientes mais novos;
3.Uso de padrões e ilustrações – Ilustrações e padrões são ótimas ferramentas para se contar uma história e se criar um relacionamento emocional com os consumidores. Por isso, está sendo cada vez mais tendência em embalagens de comidas e também de bebidas, como as cervejas artesanais;
4.Formatos inusitados – Embalagens com novos cortes, customizados e personalizados, são uma forte tendência que continuará em alta pelos próximos meses. Desde que gere praticidade na hora de manipular o alimento – como cones de papelão onde são servidas batatas fritas em fast foods e food trucks – a relevância e o engajamento do público com a marca aumentam, pois ela se destaca das demais;
5.Tigela (BYOB: build your own bowl) – Essa expressão pode ser traduzida como “monte sua própria tigela” e a ideia é simples: o cliente faz suas escolhas entre vários ingredientes e o atendente monta seu pedido em uma tigela. Como o recipiente não é propriamente uma embalagem, a ideia é que o estabelecimento construa uma embalagem nesse sentido para que o cliente possa também ter a opção de levar a comida para casa.
“O consumidor brasileiro precisa de rapidez, pois tem um estilo de vida corrido e com muitas tarefas a serem desenvolvidas durante o dia, acrescentado, ainda, a necessidade de se deslocar em meio a um trânsito caótico. Mas não pode abrir mão de uma alimentação saudável e com baixo potencial de ganho calórico”, afirma o especialista;
6.Delivery por aplicativos – A praticidade e a alta aderência dos consumidores aos aplicativos obrigam os donos de restaurantes a oferecer seus produtos para delivery também por meio dessa funcionalidade. “Isso demanda embalagens que possam levar a identidade e a imagem de marca da empresa vendedora para o lar do consumidor, cuidando fortemente para não decepcionar ou frustrar esse consumidor, que deseja uma embalagem que seja condizente com a praticidade e a instantaneidade do delivery, preservando o sabor, o aroma e a frescura dos alimentos”, afirma Witamar;
7.Store in store– Store in Store é um conceito que significa, literalmente, “loja dentro de uma loja”. Sabe aquelas livrarias que disponibilizam espaço para que uma cafeteria possa ali se instalar e operar? O conceito funciona assim e já é utilizado há um certo tempo, principalmente em franquias. No caso dos estabelecimentos de alimentação fora do lar, a tendência é, basicamente, oferecer opções para que os clientes possam comprar produtos e levarem para serem consumidos em casa ou no caminho. “Um restaurante pode aproveitar para oferecer produtos para que sejam consumidos em trânsito, embalados de maneira prática, atraente e que garantam transporte e estocagem eficientes e seguros”, exemplifica;
8.Abordagem sustentável – Além de ser um requisito para gerar a simpatia e o engajamento do público consciente, o uso de embalagem sustentável continuará sendo tendência pelos próximos anos. Por isso, substitua as suas embalagens por materiais oriundos de fontes renováveis e, de preferência, que também sejam recicláveis. Além de contribuírem com o meio ambiente, essas embalagens também ajudam a posicionar o estabelecimento no mercado;
9.Mídia interativa – Com os avanços da tecnologia chamada NFC (Near Field Communication – Comunicação por Aproximação) e da realidade aumentada, uma tendência que já está sendo testada por marcas de luxo é tornar as embalagens mais interativas. A fabricante francesa de embalagens Obérion, por exemplo, integrou uma tela interativa à caixa que, quando aberta, o dispositivo traz informações e demonstrações de uso, além de vídeos e a permissão para que o cliente entrasse em contato com a empresa, recebesse e-mails privados e também tivesse acesso a um atendimento especial.