O representante da Prometal EPIs, André Britto, e o representante do ISC (Instituto Santa Catarina), Genésio Ferreira, concordam que os equívocos em relação a utilização de EPIs costumam ser muitos. Os oito mais frequentemente percebidos são:
- Não conhecer a função de cada EPI;
- Não saber os riscos presentes no ambiente de trabalho;
- Adquirir equipamentos sem Certificado de Aprovação (por órgão competente, como INMETRO);
- Utilizar-se de “gambiarras” na falta de equipamentos de proteção;
- Não trocar o EPI quando estiver danificado.
- Utilizar a máscara sem cobrir o nariz (o que descaracteriza o cuidado com o produto final);
- Utilizar o protetor auricular, sem estar inserido no canal auditivo. “Alguns trabalhadores apenas ”apoiam” o protetor na orelha, mas não inserem, o que os expõe ao risco do ruído”, explica;
- Não uso de roupas especiais para adentrar as câmaras frias presentes em todo varejo de carnes, aumentando o caso de resfriados e gripes.
Britto comenta também que há algumas falhas cometidas pelos trabalhadores que ocorrem mesmo com o oferecimento dos EPIs corretos. Ferreira tem a mesma opinião e complementa dizendo que um dos erros mais comuns ainda é acreditar que estamos livres de algum acidente.
“Mesmo trabalhando na área a muitos anos, ou tendo conhecimento técnico e certificação, o uso de EPIs será sempre obrigatório durante todo o período em que o trabalhador estiver realizando suas atividades”, explica.
Assim, para diminuir o risco de acidentes é necessário que você, no papel de gestor do varejo de carnes, selecione apenas funcionários com formação na área. Forneça também treinamentos constantes e monitore o uso de EPIs no dia a dia das atividades.
Riscos e orientação quanto ao uso correto dos EPIs
Diariamente, no varejo de carnes, o trabalhador está exposto a quedas, cortes, frio em excesso e até morte.
Porém, Ferreira ressalta que na falta de treinamento, EPIs, e orientações, essa incidência de acidentes se torna ainda maior, resultando em custos extras para a empresa e para o trabalhador.
Britto comenta que não será só custo financeiro. “O trabalhador acidentado terá prejuízos psicossociais, sua renda diminuída, podendo até desenvolver Síndrome de Estresse Pós-Traumático, atrapalhando sua reintegração ao trabalho”.
Já para a empresa, Britto comenta que o ônus não está, somente, em ter um trabalhador afastado. “A situação representa, muitas vezes, em remanejar pessoal e, possivelmente, diminuir a produtividade de uma equipe toda”. Problemas com multas e sanções também serão sentidos.
Em razão disso, a segurança do trabalho deve ser praticada por todos os membros do varejo de carnes, impedindo maiores prejuízos.
“Mesmo parecendo difícil, as correções começam com trabalhos de conscientização, palestras e treinamentos”, ressalta André Britto. Ele sugere que a grande ferramenta para tratar deste tema é a SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes).
“Ao realizar esse tipo de evento, a empresa tem a oportunidade de tratar sobre assuntos relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores”.