O Brasil tem ampliado suas exportações de carne suína – considerando todos os produtos (entre in natura e processados) – nos últimos anos, de acordo com MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal). Para manter esse crescimento são necessários cuidados com os animais, incluindo os locais onde eles ficam e em que condições são transportados.

Temperaturas elevadas podem deixar os suínos ofegantes, e esse estresse térmico prejudica o desenvolvimento de leitões e de animais para reprodução e abate. Segundo o diretor executivo da ABCS (Associação Brasileira de Criadores de Suínos), Nilo de Sá, a identificação do porco ofegante é visual e dispensa equipamentos. “Ele tem dificuldade de se movimentar, passa muito tempo sentado ou deitado”.

Ainda segundo Sá, a solução dispensa grandes investimentos financeiros; é preciso que o local tenha um pé direito alto, se possível solo gramado e árvores próximas para sombreamento e ventiladores. Lotação adequada nas baias – “quanto mais animais, mais quente fica o lugar”. A temperatura ideal está entre 15 e 20 graus. Muito calor aumenta incidência de PSE (carne pálida). Quanto ao transporte, o ideal é que os suínos sejam deslocados em horários de temperatura amena e em caminhões cobertos com lotação adequada.

Além dessas indicações de Sá, o material “Abate humanitário de suínos” da WSPA (sigla em inglês para Associação Mundial de Proteção Animal) oferece quatro soluções para solucionar o problema de estresse térmico:

  1. Movimente o mínimo possível o animal para evitar o agravamento térmico
  2. Use carrinhos para conduzir o suíno do desembarque à baia de descanso
  3. Deixe-o descansando em local calmo e fresco, próximo a bebedouro
  4. Molhe o piso onde ele irá ficar, para facilitar perda de calor por condução

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