Precisamos falar sobre a “pistachização”? O destaque da oleaginosa como ingrediente, que estourou em 2023, promete seguir em 2025
Apreciado em pratos doces e salgados, o pistache conquistou o paladar brasileiro. Ele se destacou como uma grande tendência de consumo em 2023 e continua em 2024, prometendo seguir em alta em 2025. Encontrando lugar nos cardápios onde sua presença seria inesperada até então, uma “febre” do produto vem tomando conta do Brasil. Precisamos falar sobre a “pistachização”? A resposta é sim, o pistache já não passa batido.
Encontrado em tortas, bolos, panetones, ovos de Páscoa, croissants, donuts, muffins, bombas, e até pastéis de nata, o “boom” do pistache parece não acabar tão cedo. No universo do sorvete não seria diferente e o sabor chegou para ficar. A Fispal Sorvetes 2024 é palco para o fruto que virou sensação, ao contrário das previsões menos otimistas, o sucesso do pistache não ficou na edição do ano passado. O fruto é unanimidade na feira e praticamente todos os expositores apresentam diversas versões de gelatos, sorvetes e softs.
Combinações com cereja amarena, chocolate branco, nibs de caramelo salgado, pasta de amendoim, chocolate com avelã, calda de morango, café, crocante de pistache, leite trufado, são algumas entre tantas outras encontradas pela feira. Os expositores seguem otimistas com a aposta, para grande parte deles, o pistache será o ator principal do verão de 2024, 2025, e para alguns, até 2026. Isso explica vitrines dedicadas exclusivamente para o produto durante os quatros dias de feira.
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Um exemplo é a LEAGEL by IFF, que leva ao evento a linha Pistacchio Masters, com oito lançamentos da oleaginosa. São eles: Pistacchio, Pistacchio puro, Stracciatella Pistacchio, Pistacchio Mediterrâneo, Pistacchio Essenzialle Trufado, Pistacchio Essenzialle, Cremino Pistacchio e Pistacchio Cheasecake. Além disso, a marca apresenta uma linha de picolés com duas versões do sabor.
A Doremus lança na FISPAL 2024 seu recheio de pistache, já a FOODBASE apresenta na feira a versão soft do sabor e um maquinário inédito para a fabricação da versão. O estande da MEC3 traz uma vitrine dedicada só ao fruto, com diversas versões do sorvete e de variegatos, além da linha drageè, com drageados da oleaginosa. A Specialitá também lança na edição a pasta saborizante de pistache, entre tantos outros expositores que levam suas versões para o evento.
Para Plinio Frabetti, Diretor da FOODBASE, o pistache já está consolidado no paladar do brasileiro, agora cabe ao marketing do setor manter o produto em alta. Segundo o executivo, a internet é responsável por boa parte da popularização da oleaginosa. “As redes sociais ajudaram a popularizar o pistache com todas as formas de apresentação que ele hoje ocupa, no ramo do sorvete não seria diferente. Agora o pistache está ramificado, em pouco tempo os vendedores de geladinho vão querer produzir sua versão, a empresa de picolé já quer fazer um bom palito de pistache, e assim por diante”.
O amplo uso do pistache no setor de sorvetes evidencia seu protagonismo e não mais o papel de apenas um ingrediente. Para paladares exigentes que buscam cada vez mais experiências gastronômicas, a indústria, o comércio, sorveterias, restaurantes etc., seguem explorando potencializar o uso do produto para desenvolver sabores inovadores, esteticamente atrativos e repletos de sabor.
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