Com os avanços da medicina nos últimos 100 anos e das práticas de qualidade de vida adotadas (ou inspiradas) como hábito por grande parte das pessoas, houve uma conquista significativa quando se fala em longevidade.

Com isso, chegamos aos primeiros 25 anos do século 21 observando um fenômeno que outras eras da humanidade não experimentaram: a coexistência multigeracional. Traduzindo, é possível identificar em um mesmo ecossistema – família, local de trabalho e ambiente de consumo – pessoas de várias gerações coexistindo, produzindo e consumindo. Esse público é, quase consensualmente, dividido em:

  • Baby Boomers (nascidos entre 1946 e 1960)
  • Geração X (1961 a 1980)
  • Geração Y (1981 a 1996)
  • Geração Z (nascidos entre o final dos anos 1990 e 2010)
  • Geração Alpha (2010 em diante)

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É importante lembrar que o propósito dessa classificação é analisar comportamentos. E quando falamos de comportamento não podemos ser tão rigorosos com os números. Isso quer dizer que uma geração pode adotar hábitos de outra, um “Boomer” pode consumir como um “X” e um “Y” pode gerir sua vida profissional como alguém da geração X.

Outro ponto importante aqui e que você deve estar se perguntando: por que eu destaquei a geração Z na relação acima? E por que ela foi escolhida como tema deste artigo?

Quem serve (e como servir) a geração Z?

Se você observar a faixa etária, essa turma está chegando AGORA ao mercado de trabalho e, consequentemente, ao ambiente de decisão de consumo. Ainda que muitos desses indivíduos estejam com um pé ou dois na casa dos pais, já é possível fazer um recorte do seu comportamento fora do lar.

E, como a especialidade aqui é o food service, quero desenvolver com você como podemos atender e servir esse consumidor que nasceu com a internet (ainda que discada), cresceu com o Orkut, inaugurou o YouTube e o Facebook, registra cada momento no Instagram e no TikTok e se locomove com carro de aplicativo até o bar ou restaurante, onde senta com seu smartphone na mão procurando o QRCode do cardápio e já combinando com amigos e amigas o próximo rolê – pelo WhatsApp, claro!

Geração Z_Food Service_J.Pontara.png

Por isso, se na cadeia do food service ainda é um desafio trabalhar para as gerações anteriores à Z, já testadas e identificadas, atender aos nativos digitais exige muito mais.

Digo isso porque é fácil perceber a volatilidade de comportamentos e hábitos de quem está quase o tempo todo conectado e imerso no ambiente digital, que exige (e provoca) atenção plena aos múltiplos conteúdos que chegam por todos os canais possíveis e em formatos multimídias e simultâneos.

Então, como engajar esses “jovens de hoje” em um modelo de negócio 100% físico e presencial, como os estabelecimentos de alimentação fora do lar? O que oferecer? O que servir? E, principalmente, como fidelizar um público que busca novidade o tempo todo?

Vou colocar aqui algumas dicas:

  • Torne seu ambiente instagramável – invista na decoração, no mobiliário, na atmosfera, na iluminação, e crie cenários.
  • Tenha atrações múltiplas e agregadas – uma videogame na mesa e outras atrações eletrônicas, por exemplo.
  • Invista na criatividade dos pratos – fuja ao máximo do convencional e faça de cada prato, cada sanduíche, cada petisco uma obra de arte. Instagramável, sempre!
  • Crie múltiplos ambientes no mesmo espaço – cafeteria, estação de drinks, pista de dança…
  • Crie um calendário de eventos e celebre cada data temática.
  • Por fim, seja omnichannel – esteja em todos os pontos de contato possível, tanto físicos quanto digitais, com seu cliente de “vinte e poucos anos”.

O conteúdo aqui foi bem direcionado ao operador, mas ele envolve toda a cadeia do food service. Afinal, quando o operador for arrumar a casa para receber a geração Z, ele vai precisar do envolvimento (ou engajamento) também dos seus fornecedores.

Agora, comente abaixo como é sua visão sobre essa nova geração de consumidores e que estratégias você tem desenvolvido para conquista-los.

 

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