A evolução da tecnologia tem auxiliado em melhores formas de realizar a segurança dos alimentos – principalmente a cumprir as regras da RDC 14. Durante o debate “Gestão da Qualidade – Segurança de Alimentos: Tecnologias de Inspeção e Qualidade”, foram apresentadas as novas tecnologias em equipamentos de detecção de contaminantes para um maior controle de qualidade na indústria.

A RDC 14 é uma das resoluções que devem ser respeitadas em uma linha de produção de alimentos e bebidas. A medida orienta e limita os níveis de tolerância de matérias micro e macroscópicas em algumas categorias de alimentos, como frutas, produtos de frutas, farinhas, massas, produtos de panificação e outros produtos derivados de cereais, chás e cafés.

João Fortes, gerente de produtos da Sunnyvale, explicou que há diversas soluções disponíveis no mercado que fazem o trabalho de detecção de contaminantes: o detector de metais e o raio-x, tecnologia mais recente e que auxilia no controle de qualidade de forma otimizada, em casos de alimentos com alta umidade e teor de sal ou açúcar mais elevados.

“É importante dizer que o detector de metal na verdade faz a inspeção de condutividade, e não de metais propriamente dito. Esse tipo de máquina tem um investimento bem acessível, e já opera, inclusive, no controle de produção de padarias. No entanto, para produtos úmidos, a indicação é o uso do raio-x”, explica.

Para o especialista em prevenção de contaminantes físicos, Victor Mancin Vieira, o raio-x é uma boa alternativa para essas variações. “No caso da produção de um panettone, por exemplo, o raio-x oferece mais segurança – principalmente para cumprir as regras da RDC 14”, diz.

Participantes do Fórum trouxeram a dúvida sobre o custo de uma máquina de raio-x, que demanda um investimento maior. Fortes finalizou explicando que isso gera um equívoco aos gestores da indústria, pois seu custo-benefício é vantajoso. “O sistema de inspeção de raio-x tem um custo inicial maior por conta da sua inovação. No entanto, seu custo vem diminuindo ao longo dos anos e seu custo operacional é baixo”, afirma.

A recomendação dos painelistas é criar um sistema combinado de tecnologias, inspecionando toda a linha de produção, de forma a preservar seus equipamentos e diminuir perdas.