Atualmente, os robôs são ferramentas essenciais na linha de produção de uma indústria de alimentos e bebidas. A presença dessas máquinas continua aumentando no ambiente empresarial em função de sua velocidade e precisão, além de fatores ligados à produtividade.

Essa tecnologia vem evoluindo, o que trouxe uma nova geração de robôs. Os “cobots”, expressão derivada do inglês “collaborative robots”, ou “robôs colaborativos”, foram criados com características diferentes, mostrando-se aptos a assumir novas funções no ambiente industrial com segurança.

Essas máquinas foram projetadas para operar próximas aos trabalhadores, de forma segura, e devem seu surgimento aos avanços nas áreas de sensores, visão computacional, inteligência artificial e poder de computação”, explica Vivaldo José Breternitz, professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Dentre suas habilidades estão a sua capacidade de parar rapidamente, pouco aquecimento e precisão ao manipular objetos delicados. Além disso, o investimento nos cobots se apresenta muito mais vantajoso que os robôs tradicionais. Eles ainda podem ser facilmente movidos e sua programação pode ser feita pelo próprio usuário, a partir de um tablet ou smartphone.

Segundo o professor, já são cerca de 10% do total de 380.000 robôs vendidos em 2017.

Cobots beneficiam pequenas indústrias

De acordo com Antônio César Galhardi, professor do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, essa tecnologia é acessível para os pequenos e médios. “Por custarem cerca de US$ 20 mil, muito mais baratos que os robôs convencionais, os cobots podem ser adotados por um maior número de empresas, inclusive as de pequeno porte, que são responsáveis por cerca de 70% da produção industrial em todo o mundo”, diz.

Com a ajuda dos robôs, as empresas conseguem reduzir custos e ainda aumentar sua margem de lucro. Afinal, a tecnologia ajuda na minimização de riscos, com questões de saúde e processos trabalhistas, entre outros.

Com isso, a indústria aumenta sua atuação do mercado e garante mais estabilidade. Podendo, assim, aumentar o investimento também na capacitação de pessoas, na melhoria de processos e no desenvolvimento de novas tecnologias.