Um mercado dinâmico e em constante mudança exige esforços e foco para adaptar os produtos às exigências do consumidor, sem perder a qualidade e a característica de exclusividade nos produtos.
“Se antes apenas uma embalagem bonita era capaz de aumentar suas vendas no PDV (ponto de venda), agora o conteúdo da embalagem e também processo realizado pela empresa até que o produto esteja disponível ali na prateleira também conta”, ressalta Kim R. Iegoroff, responsável pelo marketing da MaSipack.
Conheça agora as principais inovações em empacotamento para a indústria alimentícia.
Foco na sustentabilidade
De acordo com Iegoroff, “rastreabilidade, automação de processos (diminuindo o manuseio dos produtos durante a fabricação), segurança e reciclagem têm sido temas recorrentes para qualquer indústria no mercado mundial e, com certeza, será um marco relevante para quem quiser permanecer na vanguarda”.
O especialista destaca entre as principais inovações em empacotamento as embalagens com baixo ou nenhum impacto no meio ambiente. Além de permitirem a reciclagem, esse tipo de embalagem aumenta o tempo de disponibilidade em prateleira (shelf life) do produto. “Esse, com certeza, será um diferencial que veremos nas prateleiras nos próximos anos”.
Com isso, as normas que foquem na regulamentação e na proteção do meio ambiente, bem como o destino correto de resíduos gerados durante a fabricação, terão grande apelo popular e força nos próximos anos. Tornando-se, assim, decisivos para manter a competitividade no mercado.
Rastreabilidade e automação
Graciela Ortiz, gerente de produtos da área de Soluções para Embalagens da 3M, destaca a demanda crescente por maior controle na rastreabilidade de produtos acabados entre as principais inovações em empacotamento.
“O mercado de embalagens precisou investir na automação e no controle de processos do final da linha de produção. Controle esse que antes era mais recorrente no início e no meio da linha”.
Para a profissional, esse novo contexto do mercado exigiu a inclusão de novos equipamentos e processos que aumentem a eficiência da linha. Assim, o processo de empacotamento, que até então era essencialmente manual, passa a ser integrado e automatizado.
“A integração desses equipamentos e softwares proporciona um melhor controle da produção, pois gera dados de produção on-line que podem ser monitorados e conectados ao produto físico, por meio da identificação correta em etiquetas com códigos de barras/QR codes, possibilitando o controle total da rastreabilidade até o ponto de venda”.
Graciela explica que uma das normas regulamentadoras que mais impacta o setor de alimentos e bebidas é a da rastreabilidade. “Basicamente o que é solicitado é que as indústrias tenham o controle total de todos os processos de fabricação dos seus produtos. Cito “basicamente”, pois dependendo do subsegmento dentro do mercado alimentício pode ter diferentes especificidades”.
Inovações aliadas à segurança
Vale dizer que as inovações em empacotamento precisam vir sempre aliadas à segurança dos alimentos e bebidas. Afinal, a embalagem exerce um papel duplo nesse mercado. E, ao mesmo tempo em que cria conexões com o consumidor, precisa garantir a integridade e as condições do alimento.
“O mercado de alimentos é um dos mais exigentes no controle dos processos produtivos para garantir maior produtividade, eficiência e segurança”, ressalta Graciela.
Justamente por esse aspecto, a automação e a integração de processos com foco na rastreabilidade chamam investimentos crescentes. “Com isso, os fornecedores desse mercado, principalmente no final de linha, também tiveram que se readequar para atender a essas necessidades de forma integrada e customizada”, finaliza.