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Uso do colágeno como ingrediente na indústria de alimentos

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Versões sustentáveis para suplementação não substituem a opção bovina, mas são novas alternativas de colágenos

O colágeno, uma proteína fundamental no corpo humano, tem encontrado seu espaço na indústria de alimentos, trazendo uma gama de benefícios tanto para a saúde quanto para a sustentabilidade. A demanda por produtos que promovam a saúde da pele, ossos e músculos tem impulsionado a inovação nesse campo, com a utilização de colágeno nas versões animal e vegetal.

Colágeno animal: integração da cadeia de produção para redução do desperdício

O colágeno animal é frequentemente derivado de subprodutos da indústria de carne. Projetos como Genu-in, empresa do Grupo JBS, têm desenvolvido métodos para extrair peptídeos de colágeno da pele bovina, garantindo a rastreabilidade desde a origem da matéria-prima. Esse processo permite controlar os tempos e tratamentos da pele bovina, otimizando a quebra enzimática do colágeno e melhorando sua absorção pelo corpo.

“A partir dos 25 anos, infelizmente, a gente começa a perder 1% do colágeno. Quando você passa a consumir o peptídeo de colágeno faz com que toda a produção de colágeno do seu corpo seja estimulada a produzir mais, mitigando os efeitos do envelhecimento”, explica Claudia Yamana, Diretora da Genu-in. Ela complementa que os ganhos ao corpo vão além da aparência, pois a suplementação favorece atividades que, normalmente, são dificultadas devido à saúde prejudicada das cartilagens.

De acordo com Claudia, todo o processo realizado pela empresa, absorve 100% da matéria-prima animal gerada dentro da JBS, fator que viabiliza a estabilidade nos fornecimento do produto e a qualidade oferecida: “Não é somente produzir peptídeo de colágeno, fazer a quebra da molécula nativa de colágeno, mas é fazer com que através da formação tecnológica, o seu corpo consiga absorver esses peptídeos”, pontua. 

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Colágeno vegetal plant-based e cruelty free para demanda vegana

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Para aqueles que buscam opções veganas, o colágeno vegetal tem se mostrado uma alternativa promissora. Essa abordagem envolve a recriação da estrutura molecular do colágeno humano usando aminoácidos obtidos a partir da fermentação de cana de açúcar. O resultado é um produto que imita as características do colágeno tradicional, porém sem a presença de fontes animais.

Natália Zampieri, Gerente de Segmento Healthcare da Aunare, conta que testes clínicos, in vitro e em humanos, comprovam cientificamente a melhora na hidratação da pele, aumento no precursor de colágeno em 135%, vermelhidão , rugosidade e densidade da pele. “Conseguimos trazer benefícios aos nossos clientes. Quando a  gente fala em diferencial, comparado ao colágeno animal , bovino e marinho, ele não tem o gosto forte e o característico cheiro que a gente conhece no mercado”, acrescenta.

O colágeno vegetal comercializado pela Aunare, é aplicado em chocolate 70% vegano e também em sucos. Com extratos vegetais, está disponível em dois tipos de bebida: uma em proposta calmante com camomila e passiflora; e um outro com proposta detox, um blend de spirulina, matcha e limão. Além desses diferenciais, Natália destaca a dosagem: “Alguns produtos de origem animal, a gente fala de 5 a 10 gramas diárias, o nosso, falamos de 2,5 a 5 gramas diárias. Então, a gente tem uma diminuição no seu estoque”.  

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Inovação sustentável na aquicultura

Seja através da fonte tradicional de colágeno animal com foco na rastreabilidade e produção controlada, ou da inovação do colágeno vegetal, que atende a preocupações sustentáveis, a variedade de escolhas está expandindo o mercado de alimentos funcionais e suplementos. Durante a Food ingredients South America (FiSA) 2023, foi evidenciado o aquecimento no mercado de colágeno. 

Devido ao aumento da procura por seus benefícios, essa proteína tem ganhado espaço também dentro da aquicultura, ainda que, na maioria das vezes, seja relacionada à pecuária. Um painel conduzido por especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), abordou as possibilidades mais sustentáveis para a produção e para o consumo.

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Segundo Fabíola Fogaça, pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos, para sua produção, aproveita-se o subproduto do pescado, como pele, escamas e espinhos. “Observamos um imenso potencial de negócio para o colágeno originário do pescado, mas o desafio está sendo o de conectar a aquicultura com a indústria de transformação.” Fernanda Procópio, pesquisadora da Embrapa Sudeste, explicou que o colágeno proveniente do pescado possui maior biodisponibilidade, sendo melhor absorvido pelo organismo.

O colágeno e suas vantagens também foi tema de palestra da empresa Rousselot durante a Fi South America, que tratou da aplicação dos peptídeos de colágeno para a saúde de ossos, pele, articulações e outros tecidos. “São produtos de fácil formulação, de fácil digestão e alta biodisponibilidade”, destacou Ana Cristina Faria, Gerente de Desenvolvimento de Negócios da Rousselot.

 

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