Fruto de amizade e gosto pelas taças entre os sócios-fundadores, o Bardega tem conquistado o público em pouco mais de um ano de existência. “A ideia veio em um bate-papo entre amigos e, mais do que isso, amantes de vinho. Sem muitas opções de locais para tomar vinho, abríamos em casa. No final, nossas adegas viraram um bar”, brinca Rafael Ilan Bernater, sócio administrador do empreendimento paulistano. Os maiores diferenciais estabelecidos antes de iniciar o negócio foram trazer um conceito novo, que proporcionasse ao cliente um momento único, uma experiência diferente do costumeiro.
O bar anuncia uma variedade de 110 vinhos de várias regiões do mundo, que os clientes podem experimentar em taças de 120 ml, 60 ml ou 30 ml. A maior parte dos rótulos está disponível em máquinas em que os clientes podem se servir inserindo seus cartões de consumo. O responsável pela elaboração da carta foi Arthur Azevedo, diretor da ABS-SP (Associação Brasileira de Sommeliers). Na lista, bebida de países como Eslovênia, Bulgária, Croácia, Romênia, Grécia, Líbano, Israel, entre vários outros.
Bernater conta que a maior dificuldade enfrentada foi e continua sendo cultural. “Tentamos democratizar o vinho, tirar o salto alto que o consumo do vinho traz.” A proposta maior é que os brasileiros consumam mais a bebida. Nesse sentido, ele revela que houve inspiração internacional, por exemplo do The Wine Room, em Orlando, nos EUA, que figura entre as melhores atrações da cidade tanto para os apreciadores de vinhos quanto para os exploradores da noite em geral.
Em período de retração econômica, o Bardega mudou sua estratégia. “Estamos servindo vinhos menos consagrados, para servir vinhos do mesmo nível, mas com menos marketing, de produtores menores”, revela. E não é uma empreitada fácil. “O trabalho para encontrar esses vinhos tem sido árduo.” Equilibrar a questão do custo-benefício ao cliente com os altos custos envolvidos em manter um grande estoque, com uma equipe especializada, envolve ainda outras inovações. Mas qual é a forma de chegar nisso? “O ano tem sido excelente, mesmo durante a crise. A forma é segredo, por isso não podemos contar.”
Para Brener, não é apenas o sistema de doses para degustação que torna o bar de vinhos um conceito único em seu segmento. “A experiência é o diferencial, somos a maior quantidade de vinhos em taças da América Latina e uma das maiores do mundo. Servimos vinhos de regiões não muito exploradas pelos demais lugares de São Paulo.” A julgar pelo espectro, não há por quê duvidar, com uma carta de vinhos de países como Eslovênia, Bulgária, Croácia, Romênia, Grécia, Líbano, Israel, entre vários outros.