O mercado deve ser flexível às tendências. E o comércio de vinhos, embora possua características únicas, não é exceção. Prova disso é a popularização das garrafas em formatos menores, como a meia-garrafa, que possui 375 ml, e os recipientes em miniatura, com apenas 187 ml.
A tendência, afinal de contas, não é passageira. Trata-se de um perfil de consumidor que foi se moldando entre os prazeres de degustar um bom vinho e evitar excessos com a bebida.
E quem teve essa percepção foi a Pizzato Vinhas e Vinhos, que passou a comercializar seu produto nas garrafas de 187 ml. O que levanta uma série de questões e nos faz querer entender as vantagens em comercializar vinho nessas garrafas. Confira!
Era uma vez… Os vinhos em miniatura
Em meados da década de 1990, um público jovem passou a despontar como novidade, na sociedade: aqueles que demonstravam mais interesse em suas carreiras.
Hoje, isso não é novidade. Mas existe uma vasta percepção de que os produtos começaram a ser idealizados também para quem vivia só, nessa época, como nos studios – moradias verticais com menos espaço e muito conceito –, por exemplo, e as garrafas de vinho “babies”.
Segundo André Santos, representante comercial na importadora Devinum, as garrafinhas de vinho são boas “para ocasiões pontuais, como uma taça de vinho para acompanhar o jantar, por exemplo.”
Isso foi levado em conta pela Pizzato, que aderiu às mudanças do mercado de vinhos e passou a oferecer seus famosos vinhos, cujas uvas são cultivadas no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves (RS), e em Dr. Fausto de Castro, no município de Dois Lajeados (RS), na região serrana, em direção ao planalto.
Mas esse não é o único motivo. Afinal de contas, o ingresso no mercado das garrafas em miniatura também levantou algumas outras oportunidades que têm sido devidamente aproveitadas pelo comércio.
“Uma boa vantagem das garrafas de 187 ml é a possibilidade de fazer com que o consumidor experimente a bebida, seja para um evento ou conhecer novos rótulos, para só então adquirir garrafas maiores daquela bebida, e em uma quantidade maior”, explica André.
Assim, ainda que o valor das meia-garrafas (375 ml) e das garrafas em miniatura não sejam os diferenciais desse tipo de produto – pois o custo/benefício em embalagens maiores acaba sendo maior –, criou-se uma mítica que pode ser muito bem aproveitada pelo consumidor e tem sido explorada pelo mercado.
Onde as garrafas de 187 ml são melhor aproveitadas?
Assim, sem nos limitarmos às pessoas que vivem sozinhas e não querem desperdiçar uma garrafa inteira no dia a dia, pontuando equilíbrio nos excessos, a Pizatto pode ter aproveitado uma onda crescente no mercado, onde existem múltiplas chances de penetrar no segmento de garrafas de vinho com 187 ml.
Isso porque elas podem ser direcionadas a outros públicos-alvo como, por exemplo:
- Casais que desejam degustar novos sabores, e em pequenas quantidades;
- Reuniões em grupos de amigos ou familiares, que não abrem mão de diferentes rótulos de vinho para regar o paladar na ocasião;
- Pessoas com preferências opostas, que conseguem democratizar o consumo de vinho: cada um com a sua garrafa.
Além disso, André levanta uma interessante hipótese: a de diferenciar a harmonização de vinhos em um restaurante.
“Esse tipo de garrafa traz uma ótima oportunidade para criar experiências gastronômicas harmonizadas. Excelente para ser explorado por qualquer tipo de restaurante”, conta o representante comercial, que também vê uma popularização crescente em rótulos de grandes marcas, oferecendo seus melhores títulos em meia-garrafa e na garrafa baby.
Dessa maneira, a harmonização poderia funcionar com um vinho branco, a ser equilibrado com a entrada, e um vinho tinto para fazer companhia ao prato principal. Novas possibilidades que os restaurantes, com certeza, vão apreciar o ingresso de mais produtores, como a Pizzato, no mercado de garrafas com 187 ml.