1 em cada 5 crianças e adolescentes são veganos ou gostariam de ser
Preocupados com o futuro e o impacto de suas ações no mundo, crianças e adolescentes têm exigido uma adaptação da indústria de alimentos. Com um prato cada vez mais verde, onde a carne está perdendo protagonismo, eles demandam mais opções sem nada de origem animal.
É o que aponta pesquisa realizada pela BBC Good Food, segundo a qual 1 em cada 5 crianças e adolescentes do Reino Unido afirmam já terem uma alimentação vegana (8%) – sem produtos como carne, leite, ovos e mel – ou gostariam de ter (15%). Respondido por mil entrevistados de 5 a 16 anos, o estudo mapeou os hábitos alimentares dessa faixa etária.
Presente no Brasil desde 2003, a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) comemora os dados e destaca a necessidade de o mercado estar atento à demanda crescente, uma vez que essa tendência se espalha em todos os continentes.
“Sabemos que é uma tendência mundial e, por isso, é preciso que não só os estabelecimentos se adequem, fornecendo pratos atrativos e completos com proteína vegetal, mas que a indústria também aproveite o momento para lançar produtos à base de vegetais com ingredientes mais saudáveis para as pessoas e sustentáveis para o planeta. As crianças são engajadas e devem ser vistas como consumidores poderosos pelo mercado”, analisa o presidente da SVB, Ricardo Laurino.
Ainda de acordo com a pesquisa britânica, que tratou também das atitudes das crianças e adolescentes em relação à comida, a cozinhar e a comer, 51% responderam que manipulam vegetais.
“Eles são apaixonados por explorar dietas e métodos alternativos de produção de alimentos que possam ser mais sustentáveis para o planeta”, afirmou a editora da BBC Good Food, Christine Hayes.
Recentemente, um estudo global feito pela empresa de análise United Minds, com a participação de jovens de 15 a 20 anos do Brasil, indicou que, entre as 14 mil pessoas ouvidas em 13 países, 26% têm uma alimentação à base de plantas para ajudar a proteger o planeta.
O impacto ambiental como um todo, tanto na questão climática, como na poluição dos oceanos e a perda de biodiversidade que envolve as cadeias de produção de carne, laticínios e ovos, tem estimulado a mudança alimentar na nova geração.