Investir em novos formatos de embalagens pode ajudar, e muito, a aumentar o consumo e consequentemente as vendas de bebidas. Como exemplo dessa afirmação, o líder da área de Marketing da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), Marcelo Pontes, lembra que em uma “guerra declarada à cerveja” marcas de vodca criaram garrafas long neck para serem consumidas geladas e com a dispensa dos copos. Além disso, a redução das embalagens de 750 ml para 500 ml foi um movimento positivo da indústria no sentido da inovação para cativar mais consumidores. A pergunta que fica é: fabricantes de vinhos não poderiam investir em uma ação semelhante?

A resposta é sim, e o melhor é que já tem quem aposte na novidade. De olho nessa brecha do mercado, a Alberto Belesso, que produz o vinho tinto frisante SanTomé, tradicionalmente comercializado em garrafas de 1 litro e 750 ml, passou a vender uma versão long neck de 275 ml da bebida.  Feito a partir de uvas Isabel, Bordô, Concord e Seibel, a bebida é recomendada para consumo gelado. Para facilitar a vida do consumidor e expandir a comercialização em diferentes canais, a nova versão pode ser encontrada em geladeiras de supermercados e lojas de conveniência.

 “Para casais, ou para quem vai jantar sozinho, é bom, é viável, não é preciso comprar uma garrafa inteira”, diz Marcelo Pontes, líder da área de Marketing da ESPM

A inciativa vai ao encontro com uma sugestão do consultor da WTBC (Wine Thinking Brand Communication), Vinicius Aranha, para que as marcas tomem decisões centradas no ser humano, ou seja, no que o consumidor busca. Mas antes de tomar qualquer iniciativa, vale a pena desenvolver um estudo de mercado que dê bases para os passos em direção às mudanças no produto. Assim, Pontes pondera que existe margem de erro para atingir inovações e, diante da concorrência, não se pode esperar 100% de certeza de que um novo produto ou uma nova ação terá o êxito esperado.

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