Conveniência e simplicidade são o novo norte para o desenvolvimento de embalagens. Parte dessa motivação vem do envelhecimento da população brasileira: segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), idosos já são 27 milhões, e até 2050 espera-se que no Brasil essa fatia populacional seja maior do que a soma de crianças, jovens e adultos até os 29 anos. Há ainda questões como atender consumidores com deficiências motoras, além de dispensar acessórios para abertura das embalagens.

Assim, embalagens a vácuo com tecnologia de abertura fácil, em que basta o consumidor destacar uma parte do invólucro ou aqueles que permitem abertura e refechamento são as tendências para o futuro de produtos lácteos e cárneos, segundo a pesquisadora do ITAL (Instituto de Tecnologia de Alimentos), Fiorella Balardin Hellmeister Dantas.

Embalagens que facilitem o preparado do alimento, podendo ser levadas a fornos comuns e micro-ondas, ou que aquelas que permitem o consumo on the go, em que comemos ou bebemos enquanto nos deslocamos, também são promissoras. Há ainda tecnologias que absorvem odores e que absorvem oxigênio. Para atender a essas demandas, fala-se de embalagens ativas, que interagem com o produto a fim de garantir qualidade, segurança, ou mesmo, aumentar vida útil de alimentos e bebidas.

Com um consumidor cada vez mais consciente, exigente e informado, Fiorella explica que a sustentabilidade é um diferencial. Biopolímeros e embalagens cartonadas totalmente renováveis são algumas soluções apresentadas recentemente por fabricantes, assim como embalagens com picote que permitem separar a parte superior, de polietileno, do restante, de papelão, facilitando para o consumidor reciclar os materiais separadamente.