Falar que a indústria de alimentos e bebidas anda cada vez mais competitiva é chover no molhado. Nacional e internacionalmente, a todo momento novos produtos e serviços são lançados, colocando à prova toda a cadeia produtiva. Sendo assim, o mais importante é pensar numa solução para desatar esse nó e ampliar a participação no mercado. Uma alternativa cada vez mais em voga é investir em logística integrada para deixar os processos mais ágeis e simples.
A ideia por trás do conceito é bem simples: gerir a cadeia de suprimentos e oferecer melhores produtos e serviços aos clientes. Porém, ela reserva ao gestor o grande desafio de interligar e conectar as diversas etapas da sua rede de abastecimento com um objetivo claro e comum de atender e encantar o cliente e consumidor nas condições, quantidades e prazos adequados e no menor custo.
Consequentemente, é possível elevar a satisfação e ganhar a fidelização do cliente, gerando um ciclo de novos negócios para a empresa. “Além do incremento de vendas, ganhos maiores por conta da melhor gestão, planejamento e utilização adequada dos recursos ao longo da cadeia evitam desperdícios, perdas e ineficiências ao longo de todo o processo,” garante Gustavo Barbosa, líder de operações logísticas com especialização em logística pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Para o especialista, o “x” da questão é garantir a interação e a execução coordenada entre as áreas e os departamentos distintos, onde muitas vezes as metas e os objetivos são conflitantes devido aos diferentes entendimentos sobre a estratégia e uma grande falta de alinhamento e comprometimento com o serviço prestado. “Infelizmente as empresas ainda são muito departamentais”, lamenta.
“Além do incremento de vendas, ganhos por conta da melhor gestão, planejamento e utilização adequada dos recursos evitam perdas em todo o processo”
Fases de um plano de logística integrada
Existem seis fases básicas para implementar a estratégia de logística integrada.
1 – Entendimento do cliente. É fundamental definir a forma com a empresa enxerga o seu cliente, entender sobre o negócio dele, de que forma pode contribuir e deixar claro que ele é peça fundamental para o sucesso da companhia.
2 – Integrações internas. Fazer o gerenciamento integrado de todas as áreas que envolvem a logística, conhecer claramente as políticas, regras e quais são os trade-offs inerentes à operação e possuir um sistema ágil para a tomada de decisão.
3 – Integração externa. Desenvolver relacionamentos colaborativos com os fornecedores e parceiros baseado em confiança e troca de informações constantes, reduzindo custos e customizando serviços.
4 – Tempo de resposta. Definir os processos atrelados a esse tema para que tenha agilidade, flexibilidade e respostas rápidas às exigências do mercado e, assim, consiga lançar produtos, mudar planos, atender exigências e ainda remediar falhas que surjam.
5 – KPI´s. É preciso mensurar a performance de um jeito simples, eficiente e principalmente confiável para acompanhar as operações e a tomada de decisão.
6 – Benchmarking. Fazer a troca de experiências em busca de melhores práticas e a melhoria contínua dos processos para se manter atualizado.