De acordo com o coordenador técnico da Plataforma de Inovação Tecnológica do ITAL (Instituto de Tecnologia de Alimentos), Raul Amaral, atualmente há uma rejeição dos consumidores brasileiros em relação a alimentos e bebidas industrializados comprovadamente saudáveis, em parte pela disseminação da falácia de que alimentos processados são prejudiciais e modismos como alimentos livres de determinados ingredientes e dietas “detox”.

Porém, na opinião do coordenador é necessário tomar cuidado ao afirmar que alimentos processados fazem mal à saúde, afinal; “Noodles (tipo oriental de macarrão) existe há 4.000 anos na China. Os maias consumiam chocolate. E o bacon e o queijo?”. Assim, a indústria de alimentos e bebidas precisa se movimentar para reconquistar a confiança dos consumidores.

Amaral acredita que a indústria precisa se mostrar como solução de alimentação e nutrição nas politicas públicas, estar inserida em políticas públicas e deve começar a pensar em como restaurar o controle de agências reguladoras sobre mercado com um todo. Para o presidente da ABIR (Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas não Alcoólicas), Alexandre Jobim, que participou de debate após a palestra de Amaral, é necessário “desmistificar exageros”,

Também participaram do debate:

Claudio Zanão, Presidente, ABIMAPI (Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães e Bolos Industrializados);

Rubens Barbosa, Presidente, ABITRIGO (Associação Brasileira da Indústria de Trigo);

Andréa Mota, Diretora de Categorias, Coca-Cola Brasil;

Laerte Moraes, Diretor Sênior de Ingredientes Alimentícios América Latina, Cargill;

Marcelo de Proença Cury, Diretor de Food Service, Marfrig;

Pedro Gonçalves, Diretor de Marketing, Tetra Pak;

Ricardo Selmi, Presidente, Selmi Alimento.