A alimentação fora do lar já é parte da rotina da população. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o brasileiro gasta cerca de 25% de sua renda em bares, restaurantes e lanchonetes.

Por ser um setor em constante expansão, é preciso ter cuidado não só com a qualidade dos alimentos, seu armazenamento e higiene. Para atrair e fidelizar clientes, a ambientação também conta bastante.

Cores, móveis e disposição dos elementos auxiliam na fidelização dos clientes. Para te ajudar na reforma do seu estabelecimento de alimentação fora do lar, reunimos os principais mitos e verdades sobre ambientação de restaurantes. Assim, seu planejamento será realizado com eficiência para resultados ainda melhores. Tome nota!

 

“Os restaurantes devem sempre levar cores claras”

Mito. A personalidade do estabelecimento deve ditar as cores do local. Segundo Cris Paola, arquiteta, a melhor forma de decidir é pensar na imagem que se deseja criar na mente do cliente. “O objetivo e tema a ser desenvolvido é que vai comandar mais cor, menos cor, mais verde, quais objetos serão utilizados na sua decoração para que represente a imagem que seu dono quer transmitir”, diz.

 

“Flores são mais que bem-vindas na decoração de restaurantes”

Verdade, desde que haja o cuidado na escolha do tipo. “Flores de perfume muito forte podem incomodar o cliente, principalmente os alérgicos, podendo prejudicar a experiência do seu cliente dentro do seu estabelecimento”, adverte Cris Paola.

O tamanho da mesa também dita a possibilidade da decoração com flores. Veja se o tamanho é adequado para ter um acessório decorativo, sem que ele atrapalhe o momento da refeição do seu cliente. Além disso, a decoração deve ser harmoniosa: tipos, cores e formatos – inclusive do vaso – interferem no resultado final.

 

“Quanto mais iluminado, melhor”

Depende. “O restaurante precisa de uma iluminação mínima funcional e a complementar decorativa o que varia de acordo com os cenários e propostas de ambientação. Esse mix pode ser distribuído de acordo com o layout e de maneira que valorize o espaço”, afirma Cris Paola.

Ou seja, cada tipo de iluminação cumpre um papel diferente. Luz branca para melhor eficiência no trabalho, luz de menor intensidade para criar espaços mais aconchegantes – tudo para criar a melhor experiência.

 

“Aproveite o caixa para estimular a venda”

Verdade. A arquiteta diz que, nesse casso, não há uma regra, mas é fundamental que os produtos estejam agrupados conforme cor ou tipo. “Isso facilitará o primeiro contato visual e sua vontade de compra. Não sobrecarregar o espaço com muitos itens e valorizar os mais interessantes para você de forma que seu cliente o consuma”, completa.

 

“Para não errar, deixe a temperatura do salão mais fria”

Mito. Esse é um grande desafio para muitos estabelecimentos. Afinal, qual a temperatura ideal para o momento da refeição? Para Cris Paola, a climatização do salão deve estar entre 22 e 23 graus – e nada de vento.

O ar condicionado também deve ser pensado e instalado em pontos estratégicos, de modo a não incomodar o seu cliente. Assim você otimiza seu layout e ganha na distribuição da refrigeração”, orienta.

 

“Os móveis de madeira são ideais para a ambientação de restaurantes”

Verdade, quando pensamos em durabilidade, manutenção e conforto. Cris Paola afirma que o mobiliário de um restaurante tem obrigatoriamente que falar com o seu público alvo e com a imagem que se deseja transmitir. “O erro mais comum que encontramos é a altura das mesas em relação as cadeiras escolhidas”, comenta.

Mesas de madeira são as mais indicadas para restaurantes. Já as cadeiras podem ser de couro sintético, lona e tecido, madeira ou fibras. “Cuidado com as cores na escolha de tecidos para as mais escuras não mostram tanto o desgaste pelo uso” finaliza.