Os consumidores estão mudando a forma como escolhem seus alimentos na mesma velocidade que a entrega de comida vem crescendo no Food Service. Só na Inglaterra, os deliveries cresceram 73% na última década e a estimativa é que cresça mais 17% no próximo ano globalmente.

Na hora de escolher o alimento as pessoas levam em consideração alguns fatores tradicionais como preço e sabor, porém fatores como praticidade, bem-estar e experiências tem falado mais alto. São os chamamos fatores evolutivos.

São estes mesmos fatores que explicam a alta dos deliveries facilitando a vida das pessoas, que não precisam se deslocar de suas casas, ou local de trabalho, enfrentando trânsito e filas para se alimentar como quiserem.

Além de acompanhar uma tendência de consumo ultra nichado, a explosão de entrega de alimentos representa uma excelente oportunidade para os estabelecimentos comerciais. Aqueles que já operam fisicamente podem se beneficiar deste momento para aumentar seu faturamento por meio das plataformas digitais, otimizando assim o custo operacional já existente.

Os pequenos e médios, que até pouco tempo atrás não poderiam competir de igual para igual com os grandes, também entram no jogo brigando pelo mesmo cliente, que acessa a internet em busca de experiências no friction, ou seja, que facilitem sua vida. Vai se destacar quem souber posicionar melhor o seu produto e conhecer melhor o seu cliente.

A tecnologia ajuda mas não é fator decisório na diferenciação de mercado. Para conseguir inovar e se destacar, as empresas precisam entender com quem estão falando e como vão falar. O Brasil é um país enorme onde cada região tem suas peculiaridades e mesmo grandes players tem certa dificuldade de penetração neste mercado frente a concorrentes regionais.

 

* Por Carolina Bajarunas, fundadora da Builders, idealizadora do Foodtech Movement e colunista da Fispal Food Digital.