Todos os anos, as fabricantes de sorvetes têm um grande desafio pela frente: realizar uma distribuição eficiente de seus produtos, sem perdas e com aumento da produtividade, tanto nos dias quentes – nos quais as vendas disparam – quanto nas épocas mais tranquilas.

Por isso, muitas fabricantes em início de operação, ou pequenas produtoras, ficam com dúvidas quanto à época de planejamento da distribuição de sorvetes. Será que é preciso muita antecedência? Como se preparar da melhor forma possível com tendências que surgem a todo momento? Vamos descobrir no post de hoje!

 

Os desafios na logística de distribuição de sorvetes

Antes de darmos as dicas, vamos citar os principais desafios que as fabricantes enfrentam na hora de gerenciar a logística de distribuição de seus produtos. Alguns deles são:

 

  • Como o sorvete é um produto que descongela a -17ºC, do momento em que ele foi produzido até o momento de consumo a temperatura não pode cair a -20ºC. Portanto, seu transporte deve ser rápido, pois em câmaras que funcionam entre 0ºC e -10ºC, o sorvete não deve ficar por mais de 15 minutos.
  • Os operadores da câmara fria precisam de trabalhar com bons materiais que suportam condições extremas, como luvas, protetores faciais e roupa térmica. A cada 1 hora de trabalho, é preciso pausar por 30 minutos em sala aquecida para a readaptação à temperatura ambiente.
  • A capacidade de armazenamento dos freezers dos revendedores, que pelo sorvete ser um produto que exige um cuidado especial, acaba limitando o volume de pedidos e trazendo mais um desafio na logística de ocupação dos caminhões para não sair no prejuízo.

 

“Uma das maiores preocupações na hora da logística é manter os produtos na temperatura ideal para não perderem a qualidade e sabor. Quando o sorvete sai do freezer, se não tivermos cuidado, ele pode derreter, e quando volta para a conservadora, por exemplo, acaba criando aquela camada de gelo que prejudica a qualidade do produto”, explicou Sabrina Zanker, gerente de marketing da Kibon.

 

Segundo ela, outra preocupação da fabricante está na logística de distribuição dos diferentes tipos de sorvete: “No grande varejo, por exemplo, nosso maior volume é take home, que são os sorvetes de pote, ideal para consumo em família. Já em lojas de conveniência e pequenos varejos, que geralmente servem o consumo imediato e de impulso, a procura é maior por picolés. Por isso, existe uma inteligência que define a quantidade e quais produtos que são comercializados em cada revendedor”, afirma.

 

O planejamento da distribuição de sorvetes

Afinal, qual é a melhor época para se começar a planejar a distribuição de sorvetes para o verão? Sabrina Zanker responde com base no planejamento da Kibon:

 

“O planejamento de demanda do verão acontece com bastante antecedência. Desde meados do inverno começamos a produção do estoque e o armazenamos para garantir que não falte volume nos principais meses da categoria. Além disso, temos uma cadeia de suprimentos complexa e para alguns casos importamos matéria-prima de países da América Latina e Europa. É preciso haver um alinhamento entre fábrica, vendas e distribuição”, orienta.

De acordo com a gerente de marketing, a melhor forma de garantir o sucesso nas vendas é ficar atento aos desejos dos consumidores, nas tendências, nas novidades e procurar trabalhar variedade de sabores, sem abrir mão dos clássicos campeões de vendas.

 

“Outro ponto muito importante é a comunicação, que geralmente é focada nas novidades da estação e na emoção trazida ao consumidor; é preciso sempre destacar as mensagens-chave, exaltando que os sorvetes são parte de momentos que marcam”, finaliza Sabrina.

 

Quer ficar por dentro das novidades do mercado de sorvetes? Então aproveite e leia atentamente esse post que separamos sobre as tendências do mercado em relação a sabores e novos nichos de mercado. Até a próxima!