O consumidor está cada vez mais consciente. A nova geração já é chamada de nativos sustentáveis e guia seu consumo com diretrizes ambientais, consumindo com responsabilidade e buscando produtos que tenham a cadeia sustentável. A indústria de alimentos está sempre antenada nesse movimento, tem buscado embalagens que transmitam sua mensagem de responsabilidade socioambiental e insumos mais amigáveis para o meio ambiente para embalar seus produtos e envolver suas marcas.

Feitos de fibras naturais oriundas de florestas, em um processo 100% renovável, benéfica à biodiversidade, as embalagens de papel ondulado, papelcartão, sacos industriais têm sido indicadas por entidades e grupos ao redor do mundo graças a sua sustentabilidade.

O papel é um produto biodegradável com decomposição natural. Além disso, no Brasil, 100% da produção de papel, incluindo os de embalagens, tem origem nas árvores plantadas, com ciclo de colheita e plantio em um processo renovável e sustentável, além de conservar a biodiversidade por meio de técnicas como o plantio em mosaicos, no qual árvores para fins industriais se intercalam com as naturais.

Além de ser um dos mais sustentáveis do mundo, o setor de árvores plantadas investe no desenvolvimento de novas tecnologias, com a criação de embalagens de papel mais seguras, práticas e com diferenciais adaptados para mais produtos da indústria alimentícia.  Essas novas soluções ampliam a segurança alimentar, trazem novas soluções de tamanhos e formatos.

Com isso, o segmento de papelcartão do Brasil encerrou o ano passado com alta de 8,3% em sua produção, atingindo 721 mil toneladas produzidas. Nos primeiros quatro meses do ano, o cenário também seguiu bastante positivo, com avanço de 3,7% na produção e 4,3% na comercialização deste tipo de papel no país.

Além do processo produtivo sustentável, a cadeia investe na destinação correta dos resíduos sólidos, reaproveitamento e reciclagem, com um histórico bastante positivo em logística reversa visando à redução de resíduos secos recicláveis nos aterros sanitários, com fortes investimentos em práticas sustentáveis, algo que impacta toda a cadeia produtiva, das florestas aos produtos acabados que chegam ao mercado.  Em 2017, o índice de recuperação de papel foi recorde de 66,2%, o que equivale a 5 milhões de toneladas que retornam ao processo produtivo. A ampliação desse índice vem em linha com os esforços dentro da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) do governo federal.

Por meio do consumo consciente, os consumidores passam a levar em conta o impacto no meio ambiente de tudo o que compram. Nesse cenário, os produtos de base florestal se destacam, não só pela sustentabilidade, mas pelo trabalho feito em parceria com seus clientes, para entregar a embalagem ideal para cada caso.

* Por Elizabeth de Carvalhaes, Presidente Executiva da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores) e presidente da Comissão de Meio Ambiente e Energia da International Chamber of Commerce (ICC) do Brasil.