Inauguramos o restaurante, ou começamos a funcionar em soft opening, e agora precisamos do time empenhado e sorrindo para atender o nosso cliente.
Mas vamos começar do começo: treinamos o time e a liderança dessa equipe?
Muitos empreendedores comentam: “Carol, a gente treina e o vizinho vem e tira o treinado para o negócio dele”. Você que investe no setor da restauração já pensou em seu papel social dentro do mercado?
Sim, considero que nós que decidimos trabalhar com hospitalidade e food service temos, além de um papel empresarial, um papel social. Trabalhamos com times de primeiro emprego, às vezes vindos de outros estados ou países, sem muitas formalidades ou padrões, e estamos aqui para acolher e treinar.
Treinar, em minha opinião, deve ser uma linha do DRE (Demonstrativo de Resultado de Exercício) em destaque e mensal. Precisamos constantemente treinar nossas equipes. Sim, temos um alto turnover (taxa de rotatividade de colaboradores), o que torna o desafio dos treinamentos ainda maior, mas também gratificante.
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É extremamente motivador para quem treina ver o desenvolvimento e crescimento profissional e também pessoal dos times. Mas lembrem que investir em treinamento sem liderança é bastante arriscado, porque quem comanda e cuida da continuidade dos padrões implantados é o líder.
O líder deve ter um treinamento diferenciado de relacionamento humano, de capacidades de lidar com conflitos, de motivação constante e, quando possível, por produtividade.
Muitos negócios conseguem diminuir o turnover, pois desde o início deixam claras as regras gerais, as normas de convivência e a cultura da empresa, e cumprem isso. Não é apenas um quadro bonito, mas sim um comportamento geral, desde uma escala clara de horários de trabalho, com horários de intervalo, até uma refeição em horário, quantidade e qualidade adequados para cada um dos funcionários.
A presença de um líder, seja ele o dono ou contratado, faz muita diferença nesse começo de operação para o engajamento, exemplo, padrões e motivação de todo o time. Pensem nisso!
*Por Carol Bortoleto, da Curry Soluções.
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