A quantidade de inovações que foram desenvolvidas a partir da terceira etapa da Revolução Industrial estabelecida entre os séculos XX e XXI impressiona, mas não tanto quanto as possibilidades que se apresentam agora com as tecnologias aplicadas aos processos produtivos da Indústria 4.0 – conceito com impacto em toda a economia, na produção, nas formas de consumo, nas vendas e na distribuição e em muitos outros setores.
“No ambiente industrial propriamente dito, essa revolução se apresenta, principalmente, na forma da Digitalização dos Processos Industriais”, afirma Paulo Roberto, sócio-diretor na ZorfaTec Consultoria em Inovação Tecnológica. Não à toa, existem diversas vantagens relacionadas a esse quesito, muitas delas amparadas por soluções digitais, que impactam, direta ou indiretamente, a indústria como um todo e são vistas como um diferencial por trazerem à realidade industrial os seguintes fatores:
- Personalização e escala sem precedentes;
- Redução de custos;
- Economia de energia;
- Aumento da segurança;
- Conservação ambiental;
- Redução de erros;
- Fim do desperdício;
- Transparência nos negócios;
- Aumento da qualidade de vida.
Dessa forma, é seguro apontar que a Indústria 4.0 chega com fôlego para revigorar o setor, transformar os processos e, ainda, revolucionar a maneira como enxergamos o mercado como um todo.
Quais tecnologias têm sido aplicadas nos processos produtivos industriais?
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Essa migração de plataformas tem se concentrado em diferentes setores da indústria e nos mais variados segmentos. Afinal, são processos que trazem, principalmente, mais autonomia, ou, melhor dizendo, automação.
“A essência da Indústria 4.0 é a automação, porém, não a de máquinas, como estamos acostumados, mas a automação do fluxo de informação em toda cadeia de valor” explica Roberto.
Assim, a integração da informação é um diferencial e tanto do setor, seja por meio do Big Data, para lidar com o volume de dados digitais, a Computação em Nuvem, que é uma solução cada vez mais necessária para lidar com a digitalização das informações, ou, até mesmo da Internet das Coisas, cujo conceito ainda engatinha, mas já elucida uma série de possibilidades, como o controle dinâmico de operações via remoto.
Dessa forma, a indústria agrega mais e mais processos digitalizados e altamente eficientes, comandados por uma mão de obra qualificada e que pode pensar a sua carreira e rotina de trabalho de maneira muito mais estratégica. Isso sem falar que essa integração geral de dados, informações e valores da cadeia produtiva passa a compartilhar esse volume digital, facilitando as decisões de produção em tempo real.
Com os sistemas de automação aplicados às possibilidades da Internet das Coisas e do Big Data, a figura humana é um elemento-chave para garantir que as decisões automatizadas elevem a produção, diminuam os custos e otimizem os processos.
A indústria está vivendo um momento de transição, no qual o amadurecimento operacional se dá por meio das tecnologias citadas acima, mas com o aspecto humano levado em conta para explorar estrategicamente as informações coletadas. Não à toa, essa é uma mudança que merece, sim, ser considerada a nova revolução industrial da história.
Como a sua indústria aplica esses conceitos tecnológicos? Continue acompanhando o nosso canal de conteúdo e fique por dentro das novidades do setor.