Será possível um ranking global sobre inovação em negócios? A Fast Company acredita que sim, tanto que publicou a lista das empresas mais inovadoras do mundo há 10 anos.
A Fast Company é uma revista de negócios especializada em inovação, nos campos de tecnologia, economia ética, liderança e design. Desde 2008, ela publica a lista das 50 empresas mais inovadoras, que já se tornou uma referência para quem se interessa pelas melhores práticas de inovação.
Da lista geral, a revista faz um destaque setorial – e aqui veremos quais companhias de alimentos (indústria e serviços) foram selecionadas para o ranking de 2017.
Chobani (Estados Unidos)
A Chobani, do setor de laticínios, ficou em 9ª lugar na lista geral não apenas pelos lançamentos realizados em 2016. A empresa, conhecida pelo Iogurte Grego, lançou campanhas apontando o uso de aditivos de marcas – “um copo de iogurte pode não mudar o mundo, mas a forma com que fazemos, pode”: https://www.youtube.com/watch?v=fp5V9s1LoHg
Também lançou uma incubadora de alimentos saudáveis e distribuiu milhões em ações aos seus funcionários – apenas duas das formas com que a empresa pretende ter um impacto social nas comunidades em que atua.
O artigo completo sobre a empresa você encontra aqui.
Farmers Business Network (Estados Unidos)
A FBN ficou em 34º lugar na lista geral por fomentar a troca de informações em um dos setores mais isolados da economia – o agronegócio. Através do serviço da FBN, fazendeiros podem trocar informações sobre produtividade, uso de fertilizantes e tendências de mercado de forma anônima e imparcial.
A criação de uma rede de colaboração trouxe uma mudança significativa na disparidade de escalas que existe neste negócio (fazendas comprando isoladamente de grandes corporações agroquímicas, que regulam o mercado). Através da formação de uma rede de compras, a empresa possibilita aos fazendeiros a compra de agrotóxicos e fertilizantes com até 50% de desconto e está testando a venda de sementes.
O artigo completo sobre a empresa você encontra aqui.
Resy (Estados Unidos)
A terceira empresa de alimentos a figurar no TOP 50 das empresas de alimentos mais inovadoras, a Resy está em 38º lugar na lista geral.
Oferecendo um serviço de reservas tanto para os restaurantes quanto os consumidores, ela mudou as regras do setor ao oferecer taxas fixas aos restaurantes e permitir a troca de informações sobre as preferências dos usuários. Tudo pensado para que a experiência seja perfeita desde a primeira vez (UX está mudando de ponta cabeça o mundo dos negócios).
O artigo completo sobre a empresa você encontra aqui.
Beyond Meat (Estados Unidos)
Se você ainda não viu o vídeo de marketing da Beyond Meat, que ficou em 48º lugar na lista geral das empresas mais inovadoras do mundo, então reserve 50 segundos do seu tempo para vê-lo agora: https://www.youtube.com/watch?v=uWfEFfwzRmo
A Beyond Meat causou uma revolução no mercado, posicionando o seu hambúrguer vegetal – Beyond Burger – na gôndola refrigerada de carnes e oferecendo uma opção de carne análoga que “sangra” ao ser cortada.
A empresa pode não estar tão focada no público vegano/vegetariano quanto nos flexitarianos, mas atraiu um investimento massivo de um dos gigantes do setor de carnes: a Tyson agora é dona de 5% de suas ações.
O artigo completo sobre a empresa você encontra aqui.
Starbucks (Estados Unidos)
Entrou na lista por ter redefinido o seu programa de fidelidade – que cresceu 18% no ano de 2016.
O artigo completo sobre a empresa você encontra aqui.
Domino’s (Estados Unidos)
Os drones da Domino’s já apareceram no Sra Inovadeira, mas a companhia entrou na lista pelo sistema de pedido “zero-click” que está sendo implementado nos EUA.
O artigo completo sobre a empresa você encontra aqui.
Sweetgreen (Estados Unidos)
Uma cadeia de restaurantes que está expandindo o conceito de customização através de pedidos via aplicativo ou site – hoje, 30% do faturamento é proveniente destas transações. A empresa anunciou que em 2017 suas lojas serão completamente livres de dinheiro, o que pretende acelerar ainda mais a espera.
O artigo completo sobre a empresa você encontra aqui.
World Food Programme Innovation Accelerator (Alemanha)
Uma aceleradora criada pelas Nações Unidas com o propósito de alcançar a Meta de Desenvolvimento Sustentável de eliminar a fome até 2030, a ferramenta Zero Hunger, que mapeia as diversas tecnologias disruptivas em alimentos e seus estágios de maturação, já apareceu neste post.
O artigo completo sobre a empresa você encontra aqui.
SOSV (Estados Unidos)
Uma empresa de venture capital que foca em negócios disruptivos em alimentos e na forma como comeremos no futuro – investindo em uma diversidade de start-ups de alimentos análogos, como a Perfect Day, New Wave Foods e IndieBio.
O artigo completo sobre a empresa você encontra aqui.
Picobrew (Estados Unidos)
Seguindo a onda da cervejaria artesanal e customização 100% na mão do consumidor, a Picobrew lançou uma microcervejaria portátil para bancada. Os ingredientes são vendidos pela empresa em packs e as instruções de preparo podem ser ajustadas no software que acompanha o produto.
O artigo completo sobre a empresa você encontra aqui.
Notou uma tendência “leve” em direção a empresas americanas? Sim, a Fast Company é uma empresa americana, com jornalistas americanos, e acaba sendo bem tendenciosa geograficamente.
Por outro lado, temos bem poucos exemplos de companhias de outros países que pretendem ter uma pegada global. A maioria delas acaba focando nos problemas do seu mercado local, deixando o mercado externo para um possível “plano de expansão futuro”.
Há cada vez menos sentido nisso: conforme as barreiras entre países vão caindo com a tecnologia, os negócios poderão ter a escala que almejarem. A cada dia, fazer impacto global é mais possível.
Quem você acredita que estará na lista em 2018? Para colocar a sua empresa neste ranking, você pode começar aumentando a chance de sucesso dos seus lançamentos.