Apesar do possível estresse devido a aversão ao CO2, o sistema de insensibilização de suínos a gás apresenta vantagens bastante interessantes, principalmente relacionadas ao bem-estar animal quando este é avaliado de forma holística.

Neste contexto, o pesquisador da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Osmar Dalla Costa, explica que o método que faz uso do gás permite o manejo dos animais em grupo, reduzindo a interação homem-animal e a utilização de choques elétricos.

Além disso, o pesquisador salienta que este sistema permite uma maior automatização da linha de produção. “Neste método, os grupos de animais podem ser tranquilamente conduzidos por portões automáticos desde a saída da baia até a entrada do carrossel”, explica.

As vantagens mais importantes podem ser notadas em termos de qualidade do produto, já que se pode notar importante redução na incidência de fraturas (principalmente na região sacral causada pelo terceiro eletrodo na insensibilização elétrica), hematomas, petequias/salpicamento. Também são notadas melhorias em características de pH final e drip, cor e drip loss (perda por gotejamento).

Contudo, o pesquisador da Embrapa salienta que todas essas vantagens estão intimamente ligadas ao manejo adequado do sistema, ou seja, só serão alcançadas se ocorrer um manejo de qualidade em todas as etapas do sistema de produção.