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IA e automação em frigoríficos, do corte à paletização

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Confira como gigantes da tecnologia tem utilizados as novas ferramentas no aprimoramento da cadeia de carne dentro dos frigoríficos, do corte ao envase

A Siemens, renomada empresa de tecnologia, lançou recentemente uma interface eletrônica inovadora para aprimorar a eficiência na produção de proteína animal. A iniciativa surgiu a partir do Centro de Competência de Proteína Animal da Siemens, localizado no Brasil, reconhecido como um dos maiores produtores de proteína animal do mundo.

O Centro de Competência de Proteína Animal tem como objetivo utilizar a vasta experiência e portfólio de tecnologia da Siemens para tornar a cadeia de produção mais eficiente, produzindo mais e utilizando menos recursos naturais e reduzindo as emissões de gases. Para isso, a empresa trabalha em estreita colaboração com os clientes do setor de proteína animal, entendendo suas necessidades e desenvolvendo produtos aderentes.

Dentro desse contexto, a Siemens apresentou a EHM P69, uma interface eletrônica de última geração denominada "High Janet". Essa interface desempenha um papel fundamental no controle e operação das máquinas utilizadas na produção de proteína animal. 

Lauri Jefferson Miguel, desenvolvedor de negócios da Siemens, explica: "EHM é uma interface onde a pessoa vai conseguir operar a máquina e tirar vários extratos. Por exemplo, se eu estou com uma falha no sensor e não atingiu uma determinada temperatura, como posso regular essa temperatura? Você precisa de uma Interface para digitar o que quiser", explica.

Além disso, a Siemens fornece um software próprio, baseado em normas abertas, para implementação das soluções em plantas industriais. Essa abordagem permite a flexibilidade para atualizações futuras e manutenção do sistema. A empresa também oferece suporte aos integradores especializados que realizam a instalação e configuração do software nas fábricas.

A Siemens atende a uma ampla gama de clientes no setor de proteína animal, incluindo as maiores empresas do mundo, além de companhias de menor porte. O contato com os clientes e a identificação das demandas ocorrem de duas formas, conforme Lauri Jefferson Miguel: "Num primeiro momento, as demandas de desenvolvimento tecnológico vêm diretamente dos clientes, quando estão realizando melhorias no processo produtivo. Em um segundo momento, as demandas por produtos novos surgem por meio do centro de competência de proteína animal".

Com a nova EHM e as soluções integradas oferecidas pela Siemens, as indústrias de proteína animal têm a oportunidade de aumentar a eficiência em seus processos produtivos, reduzindo custos e contribuindo para a sustentabilidade.

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Visão artificial

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Giancarlo Pereira, representante da empresa suíça Stäubli, revelou como as soluções robóticas da empresa têm transformado o setor de processamento de proteínas. Com a utilização de robôs especializados e sistemas de visão artificial, a Stäubli tem proporcionado avanços significativos na automação desse segmento da indústria alimentícia.

Uma das aplicações destacadas por Giancarlo é a utilização de AGVs (Automated Guided Vehicles) na movimentação de produtos ao longo da cadeia de processamento. Esses veículos autônomos realizam tarefas como o transporte de produtos de uma área para outra, otimizando a logística interna. Giancarlo enfatizou: "Esses AGVs são capazes de realizar diversas atividades de forma independente, contribuindo para a eficiência e agilidade dos processos de produção".

A utilização de sistemas de visão artificial também desempenha um papel crucial na manipulação de peças no processamento de proteínas. Esses sistemas, baseados em câmeras e algoritmos de inteligência artificial, permitem que o robô identifique e localize com precisão as peças a serem manipuladas, adaptando-se às suas formas e características específicas. "A tecnologia de visão artificial avançada permite que o robô reconheça e manipule diferentes tipos de carnes de forma eficiente e precisa", afirma o representante da Stäubli.

Além das soluções mencionadas, Giancarlo destacou que a Stäubli também oferece suporte técnico para os usuários finais e integradores de sistemas, garantindo a implementação bem-sucedida das soluções robóticas. A empresa trabalha em estreita colaboração com seus clientes para desenvolver soluções personalizadas que atendam às suas necessidades específicas.

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Paletização

Pereira comentou ainda sobre paletização colaborativa em frigoríficos. Ele explicou como surgiu a concepção da célula de paletização chamada Copal e destacou que o sistema é composto por um braço robótico e um computador, que fica dentro de um painel, tornando-o um escopo importante da robótica.

A solução Copal é uma célula de paletização colaborativa que se baseia em três pilares fundamentais: flexibilidade, desempenho e segurança. A flexibilidade é alcançada por meio da identificação de clientes que possuem linhas de produção que não operam em plena capacidade. 

“Eu tenho uma linha que roda três dias, mas nos outros três dias, eu rodo a outra linha ao lado. Então, se eu for fazer um investimento em paletização para as duas linhas, nunca conseguirei o retorno necessário", diz Pereira. 

Por isso, a célula Copal é móvel, o que permite que ela seja facilmente transferida entre diferentes ambientes, proporcionando uma flexibilização essencial para alcançar o retorno de investimento desejado.

Aplicativo 

O grande diferencial da solução Copal é o aplicativo, que roda em um tablet ou celular. Esse aplicativo remove a necessidade de programação do robô, especialmente para operações de empilhamento. "Eu não tenho que ficar ali digitando linhas de código na minha linguagem nativa ou perder tempo ensinando pontos de coordenadas", explica Giancarlo. 

Com o aplicativo, as dimensões do palete e das caixas são definidas, e o robô é programado de maneira intuitiva, sem a necessidade de movê-lo lentamente para cada ponto. Essa abordagem simplificada de parametrização economiza tempo e torna o processo extremamente intuitivo.

Dessa forma, o aplicativo elimina a necessidade de programação complexa do robô, proporcionando uma abordagem mais intuitiva e eficiente para a paletização. Com essas inovações, o setor de frigoríficos avança rumo a uma produção mais inteligente e produtiva.

 

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