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Sustentabilidade na indústria de alimentos e bebidas é assunto ‘pra ontem’

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O maior desafio em adotar práticas sustentáveis é mudar os processos que são naturais para determinada indústria, diz especialista do Senai

Os pilares ESG estão norteando as decisões da indústria de alimentos e bebidas no Brasil. Inovações mostradas na Food Ingredients South America (FiSA) evidenciaram que práticas sustentáveis são soluções inovadoras e inteligentes para o futuro do setor, que está cada vez mais pressionado a cuidar do meio ambiente e das pessoas que o cercam. Quem não se atualizou ou ainda não está no caminho, acabará sendo atropelado e precisará recalcular a rota.

“A gente ainda tem um delay em comparação ao exterior por questão de maturidade. Aqui, isso é muito puxado por empresas que são grandes, que já têm um olhar para projetos sustentáveis lá fora. Mas as nossas empresas, as nossas indústrias estão de olho para fazer o mesmo. Porque da mesma forma que recai a responsabilidade para os grandes, uma hora vai chegando para as demais”, observa Livia Bernardes, supervisora de Projetos e Tecnologia do Senai.

De acordo com a especialista, que foi uma das convidadas da New Product Zona, atração da FiSA, o maior desafio em adotar práticas sustentáveis é mudar os processos que são naturais para determinada indústria. Segundo a palestrante que discorreu sobre como os biomas brasileiros estão impulsionando a indústria de alimentos, a dúvida recorrente é como fazer mudanças, sejam elas na substituição de matérias-primas ou práticas mais sustentáveis, para que um processo já existente se torne sustentável ou um novo projeto tenha esse DNA. 

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Entre os exemplos de empresas que estão com os olhares voltados para explorar a biodiversidade está a Concepta. Apesar de não ser uma multinacional, a empresa já nasceu com um olhar atento para o meio ambiente há mais de 20 anos, quando fornecia insumos para cosméticos. No entanto, no decorrer do processo e até mesmo após a migração para a indústria de alimentos, o grupo observou novas exigências sustentáveis e se atualizou.

Por lá, o Programa Bio Abundância se destaca pela rastreabilidade completa de matérias-primas provenientes da Amazônia e de outros biomas. A iniciativa é pautada no engajamento de comunidades onde a empresa está inserida, e se baseia na conexão de pessoas à cadeia de insumos e ao mercado, na conservação da floresta, no respeito a quem vive nas localidades, no incentivo ao uso de ingredientes brasileiros e na promoção da inclusão socioeconômica dessas pessoas.

“A gente tem uma equipe que vai nesses biomas, trabalha com as comunidades, cooperativas, associações e transforma a vida delas na questão social, incluindo-as no mercado. Simultaneamente, a gente trabalha com os insumos e traz para a indústria”, frisa Andre Sabará, diretor comercial da empresa.

Ele acrescenta que a necessidade de inovar parte, sim, da empresa, mas o cliente tem um grande papel de influência nas exigências que aparecem no segmento. “Eu acho que a exigência começa com o mercado consumidor. E o da nova geração está muito focado em trabalhar com produtos diferentes, exóticos, mas que têm esse storytelling social e de conservação. O próprio consumidor está empurrando a indústria para trabalhar cada vez mais com produtos com mais saudabilidade, também mais puros, naturais. Isso vai ser sempre a trend daqui para a frente”, acrescenta.

Assim como a Concepta, a fabricante de bebidas vegetais Nude também não abre mão de ter a sustentabilidade e a saúde como base. Por trabalhar com um produto alternativo ao leite de vaca, a foodtech naturalmente já se coloca como menos poluente. Mas isso não é suficiente para a Nude.

A marca é verdadeiramente comprometida com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (Organização das Nações Unidas) e suas metas de mitigação climática. Por isso, se tornou a primeira marca da América Latina a calcular todas as etapas da cadeia produtiva e estampar a pegada de carbono na embalagem.  

“A gente entende que a gente precisa apoiar toda a sociedade nessa transição. A gente precisa conscientizar o consumidor, conscientizar nossa cadeia de fornecedores, nossos parceiros. A gente precisa dar as mãos e colaborar para que a gente possa virar essa chave”, argumenta Mariana Spignardi, diretora de sustentabilidade da Nude.

 

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