Práticas ESG: As principais para a indústria alimentícia

Práticas ESG. A sua empresa já aplica as exigências?

A sigla ESG abrevia os termos Governança Ambiental, Social e Corporativa. Esse conceito prega a criação de uma aliança entre sustentabilidade ambiental, consciência social e eficiência empresarial. 

Com isso, desde o seu surgimento, o ESG tem impulsionado grandes empresas a fazerem adequações em vários aspectos do seu modo de atuação. 

No setor de bebidas, um exemplo é a Ambev, líder em vendas de cerveja na América Latina. A empresa se tornou referência em sustentabilidade e responsabilidade social ao prezar pela cadeia de abastecimento, e demonstrar preocupação com a quantidade de água usada na produção das cervejas.

Hoje, a marca tem a menor taxa de uso de água por litro da bebida alcoólica entre todas as cervejarias, além de reduzir as emissões de carbono em suas operações.

A Coca-Cola também adotou algumas medidas ancoradas no conceito de sustentabilidade, que visam diminuir os impactos gerados pelo descarte de garrafas de plástico no meio ambiente. 

Essas e outras ações tomadas por gigantes da indústria alimentícia são impulsionadas, principalmente, pelo entendimento que de agora em diante, as empresas mais valorizadas serão aquelas que aderirem às práticas ESG.

Nesse sentido, este artigo elenca as principais práticas ESG que devem ser adotadas pelas organizações do ramo alimentício e mostra como elas devem fazer para implementá-las no seu dia a dia. 

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Quais práticas do ESG as empresas do setor alimentício devem adotar?

Os próximos tópicos descrevem 5 das principais práticas de governança ambiental, social e corporativa que as empresas do ramo alimentício devem adotar. 

1. Adesão a um modelo de economia circular

A adoção da chamada economia circular é uma importante iniciativa relacionada ao ESG, essencial para as empresas do setor alimentício.

Para tanto, essas empresas devem aderir a programas de reciclagem e ao uso de produtos biodegradáveis, além da mudança de processos internos de produção. O objetivo final é diminuir a poluição do meio ambiente e economizar recursos.

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2. Uso consciente da água, da energia e do solo

Dentre os recursos utilizados por organizações do setor alimentício, podemos destacar a água, a energia e o solo como os mais necessários.

Por esse motivo, essas organizações precisam implementar práticas de sustentabilidade com foco na economia (de água e energia) e no reuso inteligente do solo. Inclusive, a adoção de fontes de energia renovável, como a solar e a eólica, também é muito bem-vinda.

3. Controle da emissão de poluentes 

Assim como o uso correto de água, energia e solo, é vital para o desenvolvimento sustentável da indústria o controle da emissão de poluentes.

Sobretudo, indústrias alimentícias e fornecedoras de insumos precisam regular a emissão de gases na atmosfera e o descarte indevido de lixo, que são feitos em rios e córregos, por exemplo. 

Essa é uma das mais importantes práticas ESG.

4. Estímulo à diversidade e ao respeito nos ambientes de trabalho

As práticas ESG também abrangem medidas de adequação ambiental na governança de empresas de todos os setores.

E uma das medidas de adequação mais necessárias nos dias atuais é o estímulo à diversidade e o respeito, bem como a garantia dos direitos de alguns grupos específicos. Algumas medidas que vão nesse sentido são:

• Incentivo à participação feminina na direção das empresas;
• Criação de mecanismos internos que garantam o respeito às diversas orientações de gênero, religiosas e políticas;
• Inclusão de pessoas com deficiência (PcD);
• Criação de políticas de igualdade de gênero;
• Criação de mecanismos internos de compliance;
• Combate a práticas nocivas, como assédio moral e sexual;
• Garantia da saúde emocional e bem-estar dos funcionários, dentre outros.

5. Atenção à produção, armazenamento e destinação dos alimentos

Segundo uma pesquisa realizada pela McKinsey & Company e veiculada pela revista Exame, os consumidores estão cada vez mais atentos às empresas alimentícias das quais consomem produtos.

Ainda de acordo com o levantamento, dentre as preocupações das pessoas, estão a forma de produção, armazenamento e destinação dos alimentos. 

Dessa forma, é esperado que as companhias do ramo alimentar adotem algumas medidas específicas, como:

• Uso de multimeios tecnológicos para suporte na produção de alimentos, a fim de melhorar a qualidade e o tempo de espera;
• Adoção de práticas cruelty-free no escopo da produção (sem uso de animais em testes);
• Cuidado com a validade dos alimentos disponibilizados;
• Armazenamento correto de matérias-primas, insumos e produtos finais;
• Abolição do desperdício de alimentos, dentre outros.

A adoção dessas e outras práticas ESG mais específicas são indispensáveis na atualidade.

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Como aplicar as práticas ESG em empresas do ramo alimentício

A implementação de práticas ESG (como aquelas descritas acima) é cada vez mais relevante. Isso porque, atualmente, toda e qualquer empresa precisa comprovar que é sustentável para ser vista como confiável.

Assim, para finalmente começar a aplicá-las numa organização, é necessário:

• Fazer uma avaliação do cenário atual da empresa e medir os indicadores da organização para entender o que precisa ser feito;
• Criar uma estratégia para a implementação das práticas ESG;
• Começar a transformação da empresa (essa transformação geralmente abrange a todos os setores do empreendimento);
• Implementar as medidas que se mostraram necessárias;
• Adequar a empresa aos padrões de ESG internacionais e assegurar que as regras estabelecidas sejam cumpridas integralmente.

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Quais as expectativas para os próximos anos no que diz respeito à implementação do ESG?

Cada vez mais, se espera que empresas do setor alimentício façam adesão ao modelo ESG nos próximos anos e décadas.

Nesse sentido, uma matéria veiculada pela revista Exame aborda os esforços de realização aplicados pelas empresas no que diz respeito à chamada “recuperação verde”, que é uma medida relacionada ao ESG.

Já outra pesquisa realizada pela consultoria Walk The Talk by La Maison e veiculada pela revista Valor Investe, aponta que os consumidores estão de olho na aplicação de práticas ESG por parte de gigantes do setor alimentício que atuam no Brasil, como Unilever, Nestlé e Coca-Cola. Segundo o estudo, 94% dos brasileiros esperam que as organizações tenham práticas ESG e acreditam que elas têm obrigação de fazer algo relacionado aos problemas ambientais.

Pautas sustentáveis ocupam grande parte da expectativa dos consumidores do país, que esperam que as marcas cuidem da natureza, seja modificando processos de produção para se tornarem melhores do ponto de vista ambiental, optando por embalagens ecológicas, ou adotando outras práticas verdes no seu cotidiano. 

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