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Rotulagem nutricional e produtos inclusivos na indústria sorveteira

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A nova rotulagem frontal, produtos clean label e lançamentos inclusivos trazem informações mais claras para facilitar a escolha de produtos pelo consumidor.

O setor de sorvetes está atento às novas tendências do mercado e à procura do consumidor por produtos mais saudáveis. A nova rotulagem dos alimentos já vem sendo estudado desde 2014, quando teve início o processo regulatório, e foi instituído um grupo de trabalho pela Anvisa para auxiliar na elaboração dessas propostas. E agora chegou a hora: a nova rotulagem nutricional entra em vigor oficialmente no dia 09 de outubro.

A Anvisa revisou os requisitos para a rotulagem nutricional dos alimentos com o objetivo de aperfeiçoar a visibilidade das informações nutricionais e reduzir as situações que geram engano quanto à composição nutricional, além de facilitar a comparação nutricional entre alimentos. “A intenção é ajudar a compreensão das informações nutricionais presentes nos rótulos dos alimentos e assim auxiliar o consumidor a realizar escolhas alimentares mais conscientes”, disse Aline Nakele, Tecnóloga de Alimentos e Especialista em Assuntos Regulatórios, durante a Arena Gelado Experience, na Fispal Sorvetes, que aconteceu no início de junho em São Paulo.

Ela explicou que foram verificadas alternativas e os impactos com as mudanças esperadas na regulamentação de alimentos. Uma dessas alterações é que não é permitido colocar na rotulagem o termo “aproximadamente”, sendo obrigatório declarar por porção e por 100 gramas. “Assim o consumidor pode comparar um produto com outro.”

De olho na rotulagem

Dentro das tolerâncias, as quantidades de valor energético, carboidratos, açúcares totais e adicionados, gorduras (totais, saturadas e trans), sódio e colesterol do alimento não podem ser superiores a 20% do valor declarado no rótulo. E as quantidades de proteínas, aminoácidos, fibras alimentares, gorduras monoinsaturadas, gorduras poli-insaturadas, vitaminas, minerais e substâncias bioativas do alimento não podem ser inferiores a 20% do valor declarado.

Porém, se o produto ultrapassar os limites definidos, na rotulagem nutricional frontal é preciso utilizar a lupa, que é um sinal de alerta para o consumidor. Esse modelo foi escolhido para facilitar a compreensão da rotulagem pelo consumidor, possibilitando escolhas mais conscientes.

A lupa é um símbolo informativo na frente da embalagem que esclarece de forma direta sobre o alto conteúdo de nutrientes prejudiciais à saúde. Foram selecionados três nutrientes que o consumo excessivo pode trazer danos ao consumidor, também se considerando os dados de consumo da população brasileira. São eles: açúcares adicionados, gorduras saturadas e Sódio. “Com a nova rotulagem as pessoas terão mais consciência em relação à alimentação”, disse Marco Henriques, Gerente de Marketing da Doremus.

Bem-estar na alimentação

A escolha por produtos mais saudáveis vem ganhando a preferência do consumidor, e os alimentos clean label estão cada vez mais presentes e ganhando destaque nos supermercados e lojas especializadas. Ganham o rótulo clean label, termo em inglês que significa rótulo limpo, e indica que o alimento é produzido somente com ingredientes reconhecíveis pelo consumidor, ou seja, não possuem aditivos artificiais nem qualquer tipo de produto químico. “A rotulagem proporciona essa opção de produtos mais saudáveis, sem adição de açúcar, zero e plant based, o que é muito interessante e uma tendência de mercado”, avaliou Glaucia Parente, da Duas Rodas.

No setor de sorvetes, as indústrias de ingredientes têm se preocupado em oferecer produtos mais inclusivos, como por exemplo, opções para atender ao consumidor vegano, aquele que não consome nenhum alimento de origem animal. Os produtos sem leite - um dos principais ingredientes do sorvete tradicional - atende também as pessoas com algum grau de intolerância à lactose.

A indústria mineira Foodbase levou para a Fispal Sorvetes o lançamento da linha Vegan Ice Cream, que são bases para sorvetes e picolés veganos. É uma mistura composta por proteína isolada de soja, proteína de ervilha e fibra de tapioca. Sendo um produto vegano, não contém leite e derivados, nem emulsificantes e estabilizantes e GMO transgênicos. “Essa mistura é balanceada na medida certa”, explica a técnica Charline França. É uma opção para diversificar o cardápio de sabores e oferecer um produto que atenda necessidades específicas, uma tendência de mercado.

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