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Startups de ingredientes: desafios e impactos no impulsionamento da inovação

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Especialistas do setor analisam o cenário, da criação das startups à sua atuação na indústria.

As startups de ingredientes investem na busca por fornecimento de soluções criativas, eficientes, seguras e tecnológicas para desafios contemporâneos da sociedade. Responsáveis por grandes inovações no setor alimentício, elas trabalham em parceria com fabricantes de alimentos e muitas contam com as universidades como celeiro.

A Weecaps, foodtech que atua na proteção de ingredientes para a indústria de alimentos, é uma das startups vindas da área acadêmica. “A Weecaps surgiu de um trabalho de mestrado que eu realizei em 2014, que veio a se tornar um negócio em 2020. Então, tenho certeza de que a Universidade tem muito a contribuir com este processo e muitas startups surgem a partir dela”, explica Thaiane Marques, co-founder e CEO.

A executiva acredita que acredita que as universidades que têm incubadoras são grandes parceiras da indústria. “Quando mais incubadoras forem geradas, mais fácil será o processo de promoção da inovação via startups”.

Apesar de um expressivo crescimento das startups de ingredientes dentro das academias, há alguns entraves que afetam este ecossistema, tais como a burocracia, falta de suporte e de capital para inovar e falta de experiência para gerenciar uma empresa.

“Muitos pesquisadores saem da universidade com excelente conhecimento técnico, mas não têm conhecimento nem experiência em gestão e liderança dentro de uma empresa e por isso, podem falhar”, indica Thaiane.

Para ajudar nesse processo, existem empresas que trabalham como mediadora nessa relação entre startups e grandes indústrias de alimentos, como é o caso da Agventure Hub. “Buscamos promover uma relação mais tranquila entre grandes corporações e startups para que, de fato, a inovação aconteça”, afirma o co-founder Alain Marques.

Na sua visão, a possibilidades de investimento em startups por parte de grandes players é cada vez maior. “Se as startups já têm relação com grandes corporações, elas naturalmente são validadas para captar investidores.”

Mudanças de comportamento trazem novas oportunidades

Para chamar a atenção da indústria, é preciso acompanhar as tendências de consumo e oferecer inovações que tornem os produtos mais atrativos.

Na Weecaps, por exemplo, as oportunidades são vastas, pois a startup trabalha com produtos relacionados à saúde, para um crescente público que busca aumentar sua imunidade por meio da alimentação. “Nossos produtos são desenvolvidos para agregar saúde ao consumidor”, diz Thaiane.

Carolina Heredia, sócia e diretora de inovação da foodtech Pronutrition, ressaltou a importância da disseminação de informação para atrair esse consumidor. “Temos que captar esse público que é muito grande, mas ainda pouco explorado, diferentemente de outros mercados. Cabe às startups buscar ações para comunicar ao cliente o que elas vão oferecer. Assim há também o desafio de embalagens e de comunicação para vender este produto, mostrando ao consumidor o valor agregado dele”, diz.

Além disso, a Carolina acredita não existe mais a necessidade de uma grande infraestrutura e time técnico para promover a inovação. “Temos entre nossos clientes startups que têm times reduzidos de profissionais, mas elas têm um modelo de negócio sólido para inovar”, avalia.

Desafios regulatórios

Dentre os muitos desafios que toda nova startup precisa enfrentar para inovar, talvez a falta de regulação ainda seja o maior deles.

Neste cenário, Alain Marques indica que muitas startups têm tecnologia de ponta para desenvolver produtos e utilizar novos ingredientes, no entanto a regulamentação junto à Anvisa simplesmente não existe para vários destes ingredientes. “Comparado a outros países, como Israel e EUA, o Brasil ainda está muito atrasado nessa regulação, principalmente para as chamadas cell-based e plant-based”, analisa.

O co-founder da Agventure Hub acredita que essa regulamentação só vai andar mais rápido se houver um esforço ainda maior de startups e grandes corporações. “Quanto mais trabalho tivermos, maior será a pressão sobre a Anvisa”, complementa.

Diante disso, o investimento em ações de open innovation são fundamentais para acelerar a regulamentação de ingredientes e aumentar o volume de inovações.

 

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