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5 recomendações para lançamento de produtos na indústria alimentícia

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Especialistas do setor falam sobre o que a indústria de alimentos deve considerar na hora de desenvolver novos produtos

A indústria de alimentos enfrenta desafios com a reabertura econômica já estabelecida e mudanças sensíveis na cultura alimentar das pessoas no pós-pandemia, que tem exigido pesquisa e criatividade das empresas do setor para entender novas demandas. 

A dificuldade de entender o consumidor está refletida no índice GS1 Brasil de Atividade Industrial, que demonstra a intenção da indústria de transformação em lançar produtos quando solicita o cadastro de códigos de barras, que é uma atribuição da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil. Os números apontam que alimentos e bebidas registram queda na intenção de lançamentos, enquanto vestuário e acessórios e produtos diversos registram grande ânimo em apresentar novos produtos ao público. 

Esse cenário mostra que as empresas que optarem por lançar novos produtos no setor de alimentos podem saltar à frente da concorrência. Além da mudança na cultura alimentar, propiciada pela pandemia, também a necessidade de utilizar menos matéria prima para produzir mais é um dos objetivos da indústria. 

“A produção de alimentos precisa aumentar 60% até 2050 para suprir essa crescente necessidade por alimentos, e, por isso, a cadeia precisa estar de olho nas tendências de consumo e alternativas para produção, de forma que não soframos com a escassez de recursos”. As palavras são de Diane Coelho, gerente de Negócios da FiSA, durante apresentação do painel “Lançamento do relatório Tendências em Alimentação Saudável 2023 + Divulgação da agenda de conteúdos da FiSA 2023”. 

No painel foram ouvidos especialistas e consultores do setor de alimentos, que indicaram cinco pontos essenciais para que as empresas desenvolvam novos produtos com qualidade, eficiência e seguindo as normas da ANVISA.

Entender quais produtos estão em destaque 

O primeiro aspecto para desenvolvimento de produtos na indústria de alimentos deve ser o entendimento sobre as novas necessidades das pessoas. “Entre os temas que estão em maior tendência para 2023, suplementos continua em alta”, diz Ary Bucione, fundador da NutriConnection, consultoria especializada no mercado de alimentação saudável. 

“Funcionais continua em alta, porque todos nós buscamos mais imunidade, cognição e nos protegermos melhor depois que a pandemia nos pegou de surpresa”, completa o executivo. Além desses produtos, proteínas, tanto animais quanto vegetais, seguem com grande interesse por parte dos consumidores quando o assunto é lançamento. Os bióticos também são destaques, incluindo as nomenclaturas prebiótico, probiótico e, agora, os pós-bióticos

Trabalhar em parceria com startups

Para pesquisa e desenvolvimento, é cada vez mais comum empresas do setor trabalharem com as entrantes, as startups, que reúnem tecnologia a inovação para acrescentar novidades à indústria de alimentos e bebidas, em projetos colaborativos entre as partes. 

“Dentro desse tema, as empresas que querem lançar produtos ao longo de 2023 devem estar atentas aos trabalhos das startups. É um trabalho de co-criação, é uma inovação aberta, que está disponível para a indústria de alimentos”, afirma Bucione. 

Participar da produção de uma nova cultura alimentar

A indústria deve se perguntar se quer apresentar soluções para uma cultura já formada ou se ela quer participar desse processo de formação cultural. Damaris Schabuder, diretora executiva da Atara, empresa voltada para o desenvolvimento de novos projetos no setor de alimentação, diz que o ideal é participar do processo de formação de uma nova cultura. “Participar desse processo ajuda as empresas a entenderem deficiências do mercado e novas tendências, além de ajudar a trazer conexões (entre pessoas e empresas)”, avalia Damaris, que também é especialista em antropologia do alimento, ramo da ciência social que estuda a relação das pessoas com a alimentação ao longo do tempo. 

Ela afirma que, para ajudar nessa construção cultural, é preciso entender que a cultura “é um jogo, e as empresas não ditam as regras. Elas participam para entender deficiências e demandas”, afirma.

“Agora, se eu quero lidar com algo estabelecido. Eu preciso me adequar rapidamente, o meu processo vai ser acelerado e o risco de errar é maior. Já, se eu participar do processo (de construção cultural), a inovação tende a ser mais natural”, completa. 

Ter paciência para a adequação cultural das pessoas 

A construção dessa nova cultura alimentar, mais saudável, começou por volta dos anos 1970 e 1980, com a preocupação das pessoas em reduzir consumo de gordura, sódio e açúcar, tendo em vista a melhora da qualidade de vida. 

Hoje, o consumo dessas substâncias ainda é muito alto, o que mostra o quão prolongado pode ser o processo de adaptação cultural das pessoas. Cabe às empresas do setor entenderem o tempo das pessoas e ajustar os produtos com parcimônia, conforme as novas demandas vão aparecendo. 

“A gente consegue mudar um pouco o perfil dos produtos (para algo mais saudável), mas fica difícil mudar a cultura de um povo, como o brasileiro, que gosta de coisas mais doces e salgadas. Tem que fazer isso aos poucos”, alerta Carla Bartels, líder de Estratégia, Inovação e Regulação da Sprim, consultoria internacional de saúde.  

Entender as novas regulações

No paralelo, as empresas precisam entender as exigências e possibilidades das novas regulações. “Aqui e na Europa, a gente já vê a preocupação de estabelecer alguns limites (no uso de determinados ingredientes). Isso porque estamos começando a olhar a partir de uma ótica de saúde e sustentabilidade para o alimento”, diz Carla. 

A consultora destaca ainda que, hoje, para as pessoas e empresas, “comer não é suficiente, precisa se alimentar. E isso tudo está atrelado aos objetivos de saúde que temos hoje, e que são acrescidos do combate à fome. Mesmo para quem está sob insegurança alimentar, não é qualquer alimento que você deve oferecer”, acrescenta a executiva.

Carla lembra que mesmo para quem está trabalhando com produtos voltados para públicos vulneráveis, as exigências a respeito dos produtos estão aumentando. Na hora do lançamento, é preciso olhar (para a inclusão excessiva de) sódio, gordura e açúcar. Para começar a produzir qualquer inovação, é preciso primeiramente ter isso muito claro”, finaliza. 

Conheça os materiais especiais da Food Connection para auxiliar seu estabelecimento no lançamento de novos produtos alimentícios.

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